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Análise: Monster Hunter Rise no PC eleva seu valor

Frames desbloqueados e resolução 4k!!!

Monster Hunter Rise chegou originalmente ao Nintendo Switch no início de 2021 e agora, quase um ano depois de seu lançamento, nós conferimos para esta análise sua versão de PC que carrega inúmeras melhorias.

Confira aqui nossa análise de Monster Hunter Rise para PC e o quanto melhorou da sua versão base do Switch. Essa análise foi possível graças a um código cedido pela Capcom.

Resumo da história

Como é de praxe em nossas análises de port para PC, nós não iremos detalhar as mecânicas e a história do jogo, isso pode ser visto em nossa análise que foi feita no Switch clicando aqui. Porém, vou dar uma breve palhinha do que é o jogo.

Monster Hunter Rise é o mais recente jogo da famosa franquia onde você deverá aceitar missões em sua vila e viajar para as mais diversas áreas matando monstros e coletando diversos itens. Nesta iteração, você deverá entender e investigar a fundo sobre o Frenesi que está atingindo diversos monstros e fazendo eles atacarem sua vila.

Além de importar inúmeras melhorias de Monster Hunter World, aqui temos algumas novidades como o amicão que servirá para montar e viajar mais rapidamente na região, o cabinseto que permitirá usar uma espécie de hookshot em qualquer lugar do mapa tanto na forma vertical como horizontal e as missões de Frenesi que funcionam como uma espécie de tower defense.

De resto, temos a mesma experiência sólida da franquia que os fãs já estão acostumados.

Monster Hunter Rise em configurações máximas é divino

Agora chegamos na parte mais aguardada dessa análise de Monster Hunter Rise para PC: como ele se distancia de sua versão de Switch?

Antes de mais nada é importante notar que as diferenças são muito mais significativas aqui do que em recentes jogos como Final Fantasy VII Remake ou God of War. Afinal, o Switch é um hardware muito mais humilde.

O jogo originalmente rodava a 720p quando estava dockado e em uma resolução ainda menor beirando os 540p quando era jogado no modo portátil assim como era travado nos 30 frames por segundo.

Logo de cara posso afirmar que essa é a maior mudança que o jogo traz para sua versão no PC. Poder jogar com frames destravados e resolução 4K eleva muito a qualidade geral do jogo. No meu caso, joguei em meu DELL G15 Ryzen Edition que conta com uma RTX 3060 e estando na configuração máxima do jogo, consegui atingir mais de 120 frames em minha jogatina com tranquilidade. Tanto jogando em full hd como em Ultrawide o desempenho era soberbo.

E bem, falando em gráficos o jogo traz curiosas escolhas. Diferentes dos muitos jogos que contam com diversas escolhas de gráficos, sombras, iluminação e mais, aqui temos apenas baixo, médio ou alto. Eu vou me ater a esta análise na configuração alta. Honestamente a baixa me fez lembrar quando jogava no DS quando os gráficos eram estupidamente serrilhados. Já a opção média é basicamente a versão que vemos no Nintendo Switch.

Ao jogar em médio, os gráficos estarão ainda com uma textura mais simples, sombras sem detalhes e outras restrições que foram feitas por causa do hardware do Nintendo Switch.

Agora, ao colocar na configuração alta tudo é absolutamente melhor e mais bonito. A diferença gráfica faz valer cada centavo do jogo e se faz extremamente superior ao Nintendo Switch. Além das melhorias de frames e resoluções maiores, é possível conferir texturas de alta resolução, sombras muito melhores, animações bem mais fluidas e uma ótima iluminação.

Oportunidades perdidas

Como já exauri aqui nesta análise, Monster Hunter Rise teve diversas limitações em seu desenvolvimento por causa do hardware do Switch. Eu não estou criticando a versão do console da Nintendo que é estável e muito divertida, porém, sacrifícios tiveram que ser feitos para que o jogo rodasse de forma lisa no console.

Agora dispondo de todo poder e técnicas que os computadores trazem, era de se esperar mudanças. Como já mencionei anteriormente, as melhorias gráficas de frames e de resolução são incontestáveis. Mas fica uma pergunta: A Capcom investiu para melhorar os detalhes do jogo que foram sacrificados no Switch? Infelizmente a resposta é não.

Tanto a versão de Switch como a versão de PC possuem os mesmos sacrifícios. Detalhes como uma física mais intensa da vegetação, animação e colisão com seus amicão e amigato ou até a movimentação onde seu pé “entra no chão” continuam presentes. Isso não estraga a experiência nem a diversão, mas seria algo legal de ter sido melhorado nesta versão.

Uma outra decisão que demonstra que faltou um cuidado melhor com o port é que as cutscenes são as originais do Switch, ou seja, a qualidade de textura sombra e iluminação cai assim como fica travado em 30 frames por segundo.

Esse tipo de cuidado aos detalhes é o que diferencia um jogo bom para algo excelente.

Jogando no teclado e mouse

E claro, como estamos fazendo a análise de Monster Hunter Rise no PC, nada mais justo do que jogar no teclado e mouse certo? Pois bem, fico feliz em dizer que está bem gostoso jogar no teclado e mouse, talvez esteja melhor do que jogar no console.

A franquia é conhecida por ser um jogo no estilo Hack N Slash e isso é algo que funciona extremamente bem com um controle. Felizmente neste cenário, a agilidade do mouse ajuda e muito no controle da câmera onde é possível mirar e reagir melhor aos seus inimigos.

Inclusive, o jogo faz uso de todos os botões do mouse, incluindo os botões laterais. Ataque forte, médio e fraco. Ativar especiais e até mirar e usar seu cabinseto. Tudo é possível literalmente em uma única mão. 

Essa agilidade e controle de câmera faz a experiência de combate ser muito melhor do que no controle.

Conclusão

Naturalmente a versão de PC que conferimos nesta análise de Monster Hunter Rise é superior à do Nintendo Switch por inúmeras razões, porém, o mais curioso é que mesmo após quase um ano do lançamento do jogo para híbrido da Nintendo, ele ainda continua mais caro que a versão de PC.

E o que quero dizer com isso? Se for comprar Monster Hunter Rise a escolha para PC é mais do que óbvia. Além de ser superior em termos gráficos e de desempenho, ele ainda é mais barato! No caso, a versão de PC é oitenta reais mais barata do que a Nintendo Switch! E isso sem contar que jogar no teclado e mouse está excelente!

E uma melhora que não abordei, mas existe, é que a versão de PC ainda conta com um chat interno para jogar o multiplayer, enquanto por restrições de sistema, o Nintendo Switch continua sem chat por voz até o momento.

Por fim, uma pequena crítica ao jogo é que eles perderam a oportunidade de corrigir os pequenos sacrifícios feitos para o Switch. Isso teria melhorado muito mais esta versão que já é sublime.

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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