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Análise: Evil Dead – The Game

Groovy.

Que Evil Dead é um clássico da cultura pop e do terror escrachado, ninguém deveria ter dúvidas. Enquanto cada filme, do clássico de 1981 ao remake de 2013 e até a série da Netflix (Ash vs. The Evil Dead), trouxeram personagens icônicos, carnificina e muito sangue falso, as tentativas no mundo dos videogames de Ash Williams nunca corresponderam à série. Será que dessa vez chegamos perto de algo digno? Confira na nossa análise de Evil Dead: The game.

A análise de Evil Dead: The game foi possível graças a um código cedido pela produtora. Evil Dead: The game já está disponível para PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One, Nintendo Switch e PC e conta com legendas em PT-BR.

Como o jogo funciona?

Evil Dead: The Game coloca um grupo de sobreviventes contra um único jogador que atua como um “mastermind”, um estrategista do mal com uma variedade de truques, armadilhas, perigos e, claro, seres clássicos dos filmes e série. 

Aqui o objetivo, apesar de parecem complexos de entender, são na verdade bem simples: Os quatro sobreviventes devem completar uma série de objetivos do mapa enquanto o jogador que está do “lado negro da força” tentar impedi-los. Enquanto em Dead by Daylight temos uma dinâmica competitiva rápida de entender, em Evil Dead: The Game você tem um mapa maior com objetivos distintos como: completar o Necronomicon, encontrar a Adaga Kandariana, ressuscitar Dark Ones e então bani-los.

Outra diferença é que se nos jogos mais conhecidos você só tem um único inimigo para se preocupar, aqui você será atacado por hordas de inimigos, encontrará armas melhores e piores, itens de recuperação de vida ou buffs. Algo mais parecido com a dinâmica do mastermind de Resident Evil Resistance.

Personagens conhecidos dos fãs

Os sobreviventes são uma seleção de personagens baseados na franquia Evil DeadTemos irmã de Ash, Cheryl, Scotty, Lord Arthur, e etc. Cada personagem traz consigo atributos especiais, habilidades e experiência em armas, então, embora você possa se defender com quase qualquer grupo de quatro, uma sinergia inteligente colocará as probabilidades a seu favor. 

Já o demônio Kandarian pode escolher entre uma seleção de demônios como Deadites clássicos, Eligos e até Henrietta, a vilã de Evil Dead IIAlém disso, o Demônio pode possuir sobreviventes sob certas circunstâncias, colocar armadilhas em árvores e baús de suprimentos e colocar pontos de desova ativados por movimento para seus Deadites. Quando não está controlando um Deadite específico, o Demônio voa em primeira pessoa pelo mapa.

Sem amigos?

Apesar de ser mais fácil ter amigos disponíveis graças ao suporte cross-play, quando você não estiver animado para uma partida multiplayer online, Evil Dead oferece até cinco missões single-player para alguns de seus personagens principais, cuja sua conclusão desbloqueia novos sobreviventes, skins alternativas e outros extras. Essas missões são até bem difíceis e devem ser concluídas com uma única vida. Eles também ajudam o jogador a entender muitos dos recursos de Evil Dead, desde suas habilidades de combate e classe, até o uso de captadores, gerenciamento de medidor de medo e como os mapas funcionam.

Embora esse não seja o tutorial oficial de Evil Dead, são essas as missões que realmente ensinam o jogo. Não se aventure sem antes tentar superá-las algumas vezes.

Um belo fan-service que sofre de erros primários

Apesar de termos momentos e situações que vão encher os fãs de nostalgia e risadas dignas de um belo trash-horror , temos muitas coisas no jogo que sofrem de erros primários, execuções ultrapassadas e até mesmo de mal gosto.

A primeira e que, em minha opinião, foi uma péssima decisão foi a adição de um jumpscare piscando a tela no meio de partida multiplayer online. Jumpscares são famosos em filmes e até neles eu já não sou um grande fã, mas em algo competitivo isso não faz o menor sentido e é de longe a coisa mais irritante em minha experiência. E não… não é pelo susto – não mesmo já que você tá tão focado tentando falar com seus amigos que isso só irrita, nada mais.

Além disso temos a falta de avisos para onde a câmera não te dá visão, danos que não são mostrados na tela (você simplesmente cai sem entender o porque), não existe animação para entrar no carro (2022…), você precisa de um ângulo perfeito para pegar um item um acender o fogo, se não nada acontece por mais que você aperte os botões, uma mira que deixa a desejar, entre outros. Ao menos nesta versão inicial de lançamento, não espere nada diferente disso.

Não, não é um jogo ruim

Evil Dead: The Game é claramente um projeto feito por apaixonados pelo gênero e pela franquia e é destinado para fãs que simplesmente querem mais de Evil Dead em suas vidas. 

Evil Dead ainda pode ser recomendado para quem busca outro multiplayer assimétrico para jogar com seus amigos. Por trás de muitos tropeços e fan service temos uma experiência de ação que tem sua autenticidade e sua complexidade. Se você for um fã muito brabo, pode até falar que todos os problemas citados são na verdade propositais, assim como os fios e câmeras que apareciam nos filmes antigos… vai de você a desculpa para continuar jogando!

Esta análise de Evil Dead: The Game segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Evil Dead: The Game

Visual, ambientação e gráficos - 7.5
Jogabilidade - 6.5
Diversão - 5.5
Áudio e trilha-sonora - 7.5

6.8

Mediano

Evil Dead: The Game é indicado para os grandes fãs da franquia de Ash e que são fãs do estilo 4v1. Se você não curte um dos dois elementos, talvez seja melhor travar sua luta contra os demônios em outro lugar.

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Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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