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Analisamos o estilo de Victor “Punk”, maior nome de Street Fighter V na atualidade

O americano Victor “Punk” Woodley chegou como um Metsu Hadouken na cena dos jogos de luta competitivos, especialmente falando de Street Fighter V. Americano e muito jovem, Punk não apenas mudou o eixo de atenção do mundo para os principais lutadores de Street Fighter (que classicamente se concentravam no Japão e outros países orientais), como desbancou lendas que estavam voando: Fuudo, Pr Balrog, Phenom, Momochi e até o maior de todos, Daigo (que atualmente luta para se reinventar).

No último final de semana, Victor Punk faturou a Eleague, um dos campeonatos mais badalados de Street Fighter V neste ano, que contou com patrocínio de grandes marcas e divulgação do Esporte Interativo, que transmitiu tudo ao vivo. E esse foi apenas o mais recente. Punk já tinha Winter Brawl 11, a NorCal Regionals 2017 e a DreamHack Austin 2017. Alem disso, Punk também lidera a Capcom Pro Tour, a liga profissional da desenvolvedora do Street Fighter V. Ele é o mais bem colocado no global, com 970 pontos.

Sinistro, né? Mas qual é o segredo desse jovem americano de apenas 18 anos? A primeira coisa que impressiona são os footsies, ou seja, a capacidade dele de se mover na tela de luta e, mais do que isso, estar sempre na distância exata para aplicar golpes ou contra-atacar. Sim, os footsies são um conceito chave, mas básico dos jogos de luta. Daigo Umehara, a lenda japonesa, é um exemplo de ótimos footsie. Punk domina essa técnica e, mais do que isso, a aperfeiçoou a ponto de ser um diferencial em suas lutas.

Outro fundamento no qual Punk vai muito bem e tem mudado a história de suas lutas são os whiff punishes. Um whiff acontece quando você “erra seu adversário”. E quando você erra um whiff acontece o whiff punish, que nada mais é do que a punição de um adversário que te errou. Mas isso não acontece por uma falha de execução do lutador, mas sim porque seu adversário te levou a isso. É nessas horas que os footsies te ajudam a mexer nos espaçamentos da partida e criar brechas para punir um adversário.

Além de dominar esses fundamentos importantes que eu citei acima, Punk tem mostrado extrema perícia no mais desafiador de todos: o yomi. Trata-se da arte de antever o que seu adversário fará e, com base nisso, tomar ações sobre isso. Punk consegue alterar seus layers de yomi e enganar seus adversários com velocidade absurda. Não é raro vendo fazer algo que em um primeiro momento não entendemos, mas na verdade é a capacidade dele de antever uma antecipação de seu oponente e, com isso, contra atacar o contra ataque do adversário. Complicado, né? Imagine botar isso em prática em frações de segundo?

Vale lembrar que tudo o que foi dito acima é feito e praticado por pro-players. Mas a questão é que Punk faz tudo muito melhor do que os outros e, por isso, tem sido vitorioso em quase tudo o que disputa, assombrando a cena de lutas (em especial Street Fighter).

Gostaria de agradecer a contribuição do Cláudio “Arthanis” Forain, fera em Street Fighter V e que me ajudou bastante nesta análise.

Veja abaixo a final entre Punk e Phenom, pela Eleague Invitation 2017.

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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