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Análise: Nights of Azure 2: Bride of the New Moon tenta, mas não consegue trazer uma boa continuação

Sendo a continuação direta de Nights of Azure lançado para os consoles da Sony e PC, Nights of Azure 2: Bride of the New Moon conta com um novo elenco de personagens em busca de concertar o mundo que foi cruelmente castigado por conta do final de seu antecessor. Aqui temos como protagonista a carismática cavaleira Aluche, na qual acompanharemos os seus dilemas em busca de exterminar os demônios nascidos pelo azure blood. Produzido pela Gust, o mesmo estúdio de Atelier e o novíssimo Blue Reflection, o jogo busca manter o selo de qualidade, mas será que ele consegue?

ENREDO PROMISSOR, MAS PECA PELO FANSERVICE

É costumeiro saber que jogos japoneses são lotados de fanservice, principalmente em Nights of Azure que é composto somente por mulheres. A história do primeiro título é deveras profunda, tem seus fanservice nos momentos certos que não quebram a tensão do plot e, além disso, deixa uma promessa para sua sequencia, uma vez que o final feliz apresenta consequências graves para o mundo criado. Com Nights of Azure 2, temos uma nova protagonista, novos personagens e o mundo vários anos após a conclusão de seu antecessor. Aqui já temos a consequência, encaramos um mundo perigoso lotado de demônios e amaldiçoado pela Moon’s Queen.

Aqui temos a cavaleira Aluche que tem a missão de proteger sua amiga de infância, Liliana, para que esta possa participar de um ritual que consiste em sacrifício humano no intuito de selar essa tenebrosa rainha que tem ameaçado toda a vida humana. Em contrapartida, temos Ruenheid que também é uma amiga de infância da dupla e acha errado terem que sacrificar Liliana, abandonou o Curia (organização dos cavaleiros) para impedir tal ritual. O reencontro das três amigas acaba sendo trágico pela aparição Moon’s Queen que assassina friamente a protagonista. Mas não! Isso não é um spoiler, pois o verdadeiro enredo começa agora. Após a sua morte, Aluche é revivida como uma vampira, considerada um semi-demônio, para concluir o seu dever como cavaleira. Agora tendo que proteger Liliana, derrotar a Moon’s Queen e se acostumar o novo corpo, a protagonista viverá uma difícil aventura.

Seria extremamente bom se o foco fosse igual a este resumo que eu fiz, não é? Contudo, em várias partes vamos nos deparar com vários fanservice que desenvolvem uma relação homo afetiva entre as personagens. Nada contra a existência desse tipo de relação desde que seja bem trabalhada, o que neste caso não foi. Enquanto no primeiro jogo temos um casal centrado, desta vez Aluche tem momentos com todas as personagens e que é deveras desnecessário. Principalmente por conta dos acontecimentos que antecedem e sucedem o fanservice. O peso no plot acaba sendo bastante perdido.

UM SUCESSOR INFERIOR AO ANTECESSOR

Nights of Azure tornou-se uma agradável surpresa para todos que não apostavam muito nesse jogo. A Gust não tem um portfólio chamativo sobre jogos de ação, porém, seus RPGs sempre chamam atenção dos jogadores que amam títulos japoneses. Quando o primeiro game lançou, poucos estavam confiantes, mas acabaram se agradando com o estilo do jogo juntamente de sua jogabilidade que mescla elementos de RPG com ação. Não era um jogo perfeito, mas a promessa de uma sequencia que pudesse potencializar suas qualidades acabou deixando todos animados. Infelizmente Nights of Azure 2: Bride of the New Moon não consegue atender as expectativa. Com um gameplay bastante nerfado em comparação com seu antecessor, temos como principal exemplo a câmera que antes dava uma visão panorâmica do cenário (algo familiar com Diablo) e facilitava ao jogador conseguir se encontrar em meio da ação, mas agora temos uma visão extremamente familiar aos Musou.

Além disso, também devemos citar o sistema chamado “servants”, onde pequeninos demônios ficam a acompanhar a protagonista em sua jornada para auxiliá-la no combate. Anteriormente podíamos utilizar até 4 servos, mas agora o número foi reduzido para 2. O que acaba prejudicando o jogador, já que eles possibilitam a troca de armas em meio do combate ou possuem alguma habilidade que auxilia na exploração dos mapas. Isso acaba forçando a pessoa a visitar várias vezes o mesmo mapa para pegar todos os baús e ir a todas as passagens que são bloqueadas.

Também devo comentar sobre questões gráficas. Por mais simples que fossem os gráficos do primeiro jogo, conseguíamos achar certa graça neles, mas agora em sua sequencia nos deparamos com um downgrade pesado. Cenário, modelo das personagens e várias animações pecam de mais nessa questão, enquanto uma cena ou outra tem algo bem feito.

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CONCLUSÃO

Nights of Azure 2 não é um jogo a nível Ghostbuster 2016, mas está longe de ser um trabalho que mereça carregar o nome da Gust. Talvez pudesse ter se saído melhor se fosse o primeiro título dessa duologia, mas infelizmente é a sequencia que deveria apresentar melhores e não ser inferior ao seu antecessor. Se você gostou Nights of Azure e quer ver essa continuação, devo alertar que não vale apena gastar em um valor cheio. Faça um bem para a sua carteira e espere uma promoção.

{{

game = [Nights of Azure 2:]

game = [Bride of the New Moon]

info = [Lançamento: 24/10/2017]

info = [Produtora: Gust]

info = [Distribuidora: Tecmo Koei]

plataformas = [PS4, Nintendo Switch e PC]

nota = [2/5]

decisão = [Espere uma promoção]

texto = [Os fãs queriam uma boa continuação,]

texto = [Mas infelizmente não conseguiram.]

positivo = [Plot base]

positivo = [Carisma da protagonista]

negativo = [Gráficos fraquíssimos]

negativo = [Jogabilidade inferior ao primeiro]

negativo = [Muito fanservice]

negativo = [Deveria ser o 1 e não o 2]

}}

 

Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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