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Análise – Doom VFR traz ação frenética para a realidade virtual

DOOM é um jogo excepcional e, na minha opinião, um dos melhores jogos desta geração. Sua temática de matar demônios vindo diretamente do inferno junto com muita ação, velocidade e rock n roll, faz o jogo se destacar no meio deste mar de tanto shooters. Porém, ao anunciarem que ele estaria indo para o VR, todos ficamos com a mesma dúvida: Como a Bethesda irá traduzir tanta ação para um jogo de Realidade Virtual onde muitos sofrem com tonturas e enjoos?

Posso afirmar que a Bethesda fez algo muito inteligente para este jogo e vamos conferir como ele está.

Esse é você....
Esse é você….

Sua nova história

Diferente de Skyrim VR que trouxe o jogo completo para a experiência em realidade virtual, Doom VFR é uma adaptação do jogo original que conta com os mesmos cenários e personagens, porém, de forma resumida. Você é um trabalhador das instalações de marte até que é atacado por um demônio e é dilacerado. Ativando um protocolo secreto, a mente deste funcionário é transferida para um robô, assim como aconteceu com Hayden, e agora ele irá ajudar no extermínio de monstros e irá tentar atrapalhar os planos de Olivia.

E isso tudo acontece em fases bem conhecidas para quem já jogou o game nesses 1 ano e meio desde que ele foi lançado em 2016. Como exemplos, você passará pelo escritório do Hayden e da Olívia, com direito ao local onde ela faz seus rituais satânicos.

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BFG!

Embora eu tenha achado bem interessante o uso das fases já conhecidas, eu achei a estrutura do jogo um tanto simplória. Você tem uma espécie de HUB de operações que fica na área da BFG (Big Fucking Gun). Sempre ao tentar ativar alguma coisa, será necessário se teletransportar para uma fase e resolver um problema, desativar um protocolo, reaver um condutor de energia e por ai vai. Ou seja, você será o “Severino” das instalações, sendo que terá que matar demônios ao invés de ver cara e crachá.

Ação frenética no VR

Antes de mais nada, tenho que alertar que infelizmente é muito ruim jogar no Playstation Move. Por causa da ausência de um analógico no controle, fica praticamente impossível se locomover com a agilidade que o jogo necessita. Isso sem contar que ter que mirar corretamente no meio da ação é extremamente complicado e nada prático. Acredito que esse problema não exista no PC, pois o Touch possui um pequeno analógico, mas seria interessante pesquisar isso caso esteja interessado em comprá-lo para o PC.

Olha o bicho vindo véi
Olha o bicho vindo véi

A boa notícia é que ele funciona muito bem para o controle tradicional, porém, com algumas modificações dos controles que conhecemos na versão de 2016. Ao invés de seguir com os controles normais, assim como em Skyrim VR, encontraremos uma boa adaptação para DOOM VFR. Primeiramente a movimentação será feita pelo D Pad ao invés do analógico. Enquanto você anda para frente, trás, esquerda e direita, o analógico direito ajusta a sua visão. O curioso/engraçado é que a movimentação não é fluida, mas sim é feita a partir de pequenos pulos/saltos. Sabe quando você está vendo uma luta em DBZ e eles começam a desaparecer e reaparecer na frente por causa da velocidade? É mais ou menos por ai.

Além dessa locomoção que acaba funcionando muito bem, existe a possibilidade de teletransporte efetivo. A grande sacada é que esse teletransporte simplesmente paralisa o tempo, ou seja, você poderá pensar na sua estratégia e se teletransportar. Sei que pode parecer estranho e confuso a movimentação, mas após alguns minutos de jogo eu já havia me acostumado com este padrão. E ele funciona incrivelmente bem, por mais que eu sinta saudade da movimentação clássica. Vale notar que esse teletransporte também serve para atingir o inimigo quando ele está vulnerável e acabar com ele.

Outra coisa que posso citar é que seu esquema de mira (quando está usando o controle) é feito através da cabeça, ou seja, é muito fácil e prazeroso atirar e matar os demônios. Perdi a conta de quantas vezes eu pegava minha metralhadora e começava a acertar os inimigos com uma precisão sobre humana.

E por fim, não senti nenhum tipo de tontura ou enjoo.

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Tudo do DOOM original está em VFR

Por mais que essa versão de DOOM seja um port dedicado a VR, é importante dizer que o jogo está impressionantemente completo:

  • Sabe a roda com infinitas armas? Ela está lá.
  • Melhoria de armas? Sim, claro!
  • E células de argent para melhorar seu personagem? Com certeza estão no jogo.
  • Na hora da ação tem aquelas bolas de poder? Sim, todas elas estão no jogo.
  • E aquele “ronquerou” irado? Ta lá mais alto do que nunca.
  •  Ainda tem área secreta? Posso achar bonecos colecionáveis? Certamente, eles estão lá!

Como podem ver, a equipe de desenvolvimento se preocupou com todos os detalhes na hora de criar esta versão VR. Além de ter todo o conteúdo, armas e inimigos do jogo original, você será brindado com o mesmo estilo gráfico das fases, monstros dilacerados e muito mais. Um adicional que pude perceber foi a inclusão de alguns puzzles, porém, eles são tão simples que acabam sendo irrelevantes.

Etcha!
Etcha!

Conclusão

DOOM VFR é um excelente spin off/adaptação de um dos melhores jogos desta geração. Ele acaba sendo um jogo relativamente pequeno e com uma movimentação diferente da padrão que estamos acostumados. Mas por outro lado, ele consegue entregar de maneira divertida e viciante uma experiência muito próxima ao aclamado DOOM para esta tecnologia que cada vez mais está ganhando visibilidade e apoio de todos.

{{
game = [Doom VFR] game = [] info = [Lançamento: 01/12/2017] info = [Produtora: id Software] info = [Distribuidora: Betheda] plataformas = [PS4 e PC] nota = [4/5] decisão = [Vale a compra] texto = [DOOM VFR é uma excelente releitura] texto = [do jogo para o mundo do VR] positivo = [Diversão] positivo = [Muita ação] positivo = [Cenários nostálgicos] negativo = [PS Move] negativo = [Curto demais]

negativo = [Puzzles muito simples] }}

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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