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Dreamhack Rio: Avangar derrota a Fúria e é campeã do torneio!

Um dia de grandes jogos para os espectadores no Brasil, era tudo que a gente esperava para o último dia da Dreamhack Open Rio, e honestamente não podia ter sido melhor (exxceto pelo resultado final), tivemos jogos muito bons e ainda pudemos ver a Vertigo sendo jogada duas vezes e clutchs absurdos dos times.

SEMIFINAIS

O primeiro jogo do dia foi um duelo de times brasileiros, a Young Sharks, organização portuguesa mas formada por brasileiros, contra a Fúria, que atualmente joga as ligas americanas de Counter Strike. Os dois times que conseguiram algumas experiências em campeonatos grandes no último ano e por isso o duelo prometia bastante. Parecia que a galera na arena ficaria dividida na questão da torcida mas o que deu pra ver foi um apoio maciço para a galera da Fúria que ainda vive o hype da participação do Major. O jogo iniciou com uma Inferno, escolha da Fúria mas o que se viu nesse mapa foi um grande equilíbrio entre as equipes, mas a Fúria mostrou por que escolheu esse mapa fazendo uma metade terrorista melhor que a Sharks e levou o mapa por 16×13. Na sequência tivemos a primeira Vertigo jogada em campeonatos oficiais, a escolha era da Sharks e eles pareciam confiantes quanto a sua atuação nesse mapa, só que não esperavam que a Fúria também estivesse, a Fúria levou a primeira metade com um convincente 11×4 no lado CT do mapa e garantiu mais 5 pontos em sequência para fechar o mapa por 16×4 e o jogo por 2 mapas a 0 e garantir a sua vaga na grande final do dia.

A segunda semifinal do dia foi entre Avangar e Valiance, tudo indicava que a Avangar iria levar grande vantagem nesse confronto, mas o que vimos foi um grande equilíbrio entre os mapas. O confronto começou com uma Train, escolha da Valiance, mas quem se deu bem foram os cazaques que conseguiram liderar a primeira metade no lado CT por 9×6 e mantiveram seu impeto quando foram para o lado TR (mais frágil nesse mapa) e não deram chance para a Valiance e fecharam a Train por 16×12.  o segundo mapa foi a Inferno, e como era escolha da Avangar achei que ia rolar um GG EZ pra eles, mas como um bom otário, achei errado. a Valiance passou o carro por cima deles no lado CT fechando a primeira metade por 14×1! Quando os lados mudaram, achei que seria uma mera formalidade, mas novamente achei errado já que a Avangar conseguiu uma sequência muito boa de rounds mas mesmo assim não foi suficiente pra segurar a Valiance que fechou a Inferno por 16×10 e levou o jogo para a uma Dust2 raíz. A Avangar começou no lado TR e conseguiu se impor muito bem após uma troca de rounds inicial fez alguns rounds em sequência e fechou  a primeira metade por 9×6, um passo muito importante para a vitória num mapa com uma mentalidade CT bem forte. Quando os lados mudaram a Valiance tentou trazer o come back com 5 rounds em sequência e tomando a dianteira, mas quando a Avangar tomou o controle econômico do jogo não teve dificuldades em fazer rounds em sequência e fecha o jogo por 16×12 e carimbando sua vaga na final.

FINAL

O roteiro era perfeito, campeonato no Brasil, time brasileiro de grande apelo contra um time de gringo, o famoso clichê estava formado para que a gente saísse com a vitória ao som do famos “eu sou brasileiro com muito orgulho” que irrita uns e inspira outros, mas do outro lado tinha um time duríssimo para enfrentar a Fúria, os cazaques da Avangar que contavam com uma bagagem e experiência muito grande em diversos torneios internacionais. Mas a Fúria vinha do hype da excelente campanha no Major de Katowice onde surpreenderam o mundo.

O primeiro mapa desse jogo foi a Vertigo, dessa vez escolha da Fúria, e a gente já sabia do que eles eram capazes após a vitória contra a Sharks. O que vimos foi um grande domínio dos brasileiros mas com uma pitada excessiva de emoção graças aos clutchs e jogadas que os jogadores da Fúria fizeram. Na primeira metade, jogando no lado CT o esquadrão BR hue hue não dei chances pra Avangar levando ele por um convincente 13×2. Na virada de lados, não tivemos dificuldades em levar todos os pontos e fechar o mapa por 16×2 e ficar cada vez mais perto de dar alegria ao nosso povo. Na Inferno a história foi bem diferente, começando de TR os cazaques fizeram um 9×6, um placar bem equilibrado na maioria dos mapas do CS GO, mas no lado CT mostraram um bom controle de mapa, fazendo avanços muito bons e fecharam o mapa por 16×8 levando a final para uma decisiva Train.

E a Train trouxe grandes emoções para o público presente na arena e pra quem estava acompanhando de casa, a Fúria iniciou bem no lado CT e fez o seu dever de casa, após uma troca de rounds inicial, engatou uma sequência boa no fim da primeira e levou uma vantagem de 10×5 para o lado TR. Aí que o caldo começou a azedar para os brasileiros, dep[ois de arrancar alguns pontos na metade inicial a Fúria começou a dar alguns moles em momentos críticos do jogo e tomou a virada, a Avangar fez 15×14 e ficou a um ponto de fechar o jogo. O clima estava tenso para o último ponto  mas os brazucas coneguiram levar o jogo para a prorrogação.

Começando como terroristas, a Fúria conseguiu arrancar um ponto dos cazaques e depositou todas as suas esperanças na parte CT do mapa e que com uma quantidade considerável  de dinheiro devido ao overtime tinha tudo para os brasileiros trazerem essa caneco pra casa. Mas o que vimos foi um time muito nervoso cometendo erros que custaram o jogo ao passo que a Avangar estava bem tranquilo e conseguiu fechar a partida por 19×16 e levaram os 50 mil dólares de premiação e o título de campeões da Dreamhack Rio Open 2019. Uma pena para os meninos da Fúria que contaram com uma atuação muito boa de Vinicius “VINI” Figueiredo durante todo o campeonato e que vem de uma sequência de atuações muito boa em campeonatos e esse título poderia coroar essa boa faze.

O CAMPEONATO

Ter um campeonato desse calibre aqui no nosso país é extremamente gratificante, ainda mais um campeonato tão democrático quanto a Dreamhack, que sempre tenta levar o maior número de modalidades de eSports diferentes para onde o local onde o campeonato é realizado, e isso foi uma das coisas que mais decepcionou no campeonato. O cancelamento dos eventos de PUBG e Rainbow Six (que tem um apelo enorme aqui no Brasil e inclusive realizou classificatórios online para o campeonato) fez com que uma grande parte do público do campeonato desistisse de comparecer ao evento, que não tinha um preço muito acessível a realidade dos brasileiros.

Mesmo com todos os problemas a Dreamhack manteve sua palavra e ainda realizou o evento e é possível garantir que o público que estava lá conseguiu aproveitar muito bem o evento, tivemos jogos excelentes de CS e mesmo com a desistência de algumas organizações, aquelas que estavam lá fizeram o evento valer muito a pena quanto a qualidade dos jogos.

No quesito infraestrutura o evento pecou um pouco, não haviam muitas pessoas para orientação dos lugares, os stands anunciados pareciam bem mais atrativos, e sentar em cadeiras de plástico pagando o valor dos ingressos não me parece muito  justo, mas mesmo assim o sentimento que o evento deixou não foi de raiva, foi de quero mais. Era o momento certo, o lugar certo só que a execução não foi satisfatória, então esperamos que a Dreamhack Rio seja um evento anual na rotação oficial da organizadora, só que da próxima vez com uma execução bem melhor e que todos os fãs saiam com uma impressão excelente do torneio.

Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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