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Análise: The Surge 2 caminha com as próprias pernas

The Surge 2 é a sequência do RPG futurístico que bebeu da fonte "Souls", porém, neste título ele mostra que é capaz de caminhar com suas próprias pernas

O RPG The Surge 2 é uma promessa feita pela produtora para todos que gostaram do primeiro jogo. Buscando atender aos players em relação as críticas feitas, Deck13 e Focus Home Interactive ouviram o feedback e trouxeram mudanças realmente espantosas para essa franquia sci-fi.

Vejamos a seguir mais sobre essas mudanças e se a execução foi bem trabalhada.

The Surge 2 aposta numa nova forma de narrativa

Enquanto no primeiro game tínhamos um protagonista fixo do qual seguíamos a sua história, em The Surge 2 desvendamos uma narrativa que não envolve diretamente a vida do personagem principal. Inclusive, você cria o seu próprio personagem a bel-prazer a partir de um dos passageiros do avião que ia para Jericho.

Jericho é uma cidade tecnologicamente avançada, do qual um grupo bem seleto de pessoas ganhou a oportunidade de viajar para ela. Contudo, um acidente de avião aconteceu onde aparentemente somente um passageiro saiu vivo.

Você é esse sobrevivente, após acordar do coma. Algo está diferente em você e precisa sair em busca de respostas. Seguindo o seu caminho, não demora para conseguir o exoesqueleto e sair de onde estava sendo supostamente tratado.

Sua vida em Jericho começou em meio de um mundo cyber pós-apocalíptico no qual um vírus está aterrorizando a todos.

Um ponto extremamente interessante neste jogo é a utilização de religião no meio tecnológico. Por mais que os humanos estejam nessa situação de estarem se “fundindo” com máquinas, existe abre espaço para alguém se mostrar aparentemente iluminado e guiar os outros, fazendo com que estes acreditem numa força divina. E que, sem dúvidas, isso vai influenciar de maneira positiva ou negativa a sua vida neste game.

The Surge 2

 

Mais belo do que nunca

Uma melhoria fantástica que The Surge 2 recebeu foi em seus gráficos. Por mais que o rosto do personagem seja feio e felizmente existem capacetes para escondê-lo, o cenário é impecável! Em vários momentos você verá aquela destruição que mais aparenta ser um Chernobyl futurista e simplesmente admirar aquelas belas paisagens após destruição com algumas luzes que trás um tom leve de cyber noir.

Menor suspense e maior sobrevivência

The Surge apresentava um número razoável de inimigos, fazendo com que você necessitasse de atenção para não ser pego de surpresa. Muitas horas tinha aquele ar de suspense. Agora, no segundo título, o suspense foi deixado de lado e a necessidade de sobreviver foi maximizada ao extremo.

Com um número muito maior de inimigos, o jogador sente uma necessidade de maior de tomar cuidado com aquilo que está visível diante de seus olhos. Vez ou outra será pego de surpresa, porém, o perigoso mesmo é o acumulo de opositores.

Inclusive, os inimigos constantemente fazem respawn se você entrar numa área, dificultando a sua travessia se tiver que ir até um local e retornar. Às vezes, é um bom método para upar, enquanto em outras será uma grande batalha sair dessa enrascada.

The Surge 2

The Surge 2 e meu drone, minha vida

Como todo bom jogo sci-fi, drones não poderiam ficar de fora! Agora você tem a possibilidade de equipar drones e ir alternando entre eles. Enquanto alguns servem disparar projéteis e causar dano a longa distância nos seus inimigos, outros são utilizados como recursos. Por exemplo, existe um drone que te leva de volta ao med center que é equivalente a fogueira da série Souls.

A melhor utilização deles está em limpar o cenário contra armadilhas de inimigos, drones opositores e outras coisas chatas de se enfrentar no mano-a-mano.

 

Potencializando o sistema de combate

Algo que chamou atenção de todos em The Surge foi o seu sistema de combate em que podia escolher para qual parte do corpo iria ser dedicado seus ataques, deste modo podendo maltratar os inimigos ao bater em seus pontos fracos ou destruir partes de seu equipamento. Obviamente isso continuou em The Surge 2, possibilitando até mesmo o desmembramento para que se obtenha o equipamento que o inimigo estava utilizando.

O sistema de combate está menos travado, tornando ele mais dinâmico e divertido. Às vezes, até nos esquecemos que segue base na famigerada franquia Souls, fazendo com que queiramos continuar a bater nos inimigos para ver as animações dos combos.

Outra adição feita foi a “aparagem direcional”, onde você deve bloquear o golpe inimigo e utilizar o direcional direito para a direção em que foi atacado. Lembrando um pouco o sistema utilizado em For Honor.

A aparagem direcional é uma poderosa arma para executar contra-ataques, contudo, não é funcional quando o direcional utilizado é o mesmo que define a parte do corpo que focará seus ataques, fazendo com as vezes a mira saia do local certo ou simplesmente suma (a segunda ocorrência pode ser algum bug que receberá concerto em atualização).

Hideo Kojima! É você?!

Aumentando o grau de desafio

Ser desafiante é o que faz um game deste estilo ter vida. Se ele apresenta um desafio justo, influencia o jogador a continuar o enfrentando até superá-lo. The Surge 2 consegue manter o ritmo, apresentando grandes desafios tanto nos inimigos menores, quanto em seus boss battle.

Porém existe uma pequena ressalva: Na batalha contra o terceiro boss, o Little Johnny. Em alguns momentos ocorre dele “piscar” como se sumisse e aparecesse logo depois, sempre ocorrendo isso no inicio de uma ação e ele ressurgindo quando está a executando.

Isso não faz parte do game, sendo um problema técnico que pode atrapalhar os jogadores. Se isso vier a acontecer, o mais sensato é dar um back dash assim que Little Johnny sumir.

The Surge 2


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The Surge 2 amplia a experiência apresentada em seu primeiro título

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 8
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 7.5
Fator Replay - 9

8.9

Para quem quer morrer muito, é compra certa

The Surge 2 pode ter seus pecados, porém, conseguiu ampliar o que é apresentado no primeiro jogo e caminhar ainda mais com as próprias pernas, mostrando que não é apenas um clone da série Souls. Ele é uma franquia própria e está aqui para ter o seu próprio legado entre os RPG's.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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