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Análise: Horace é um jogo maravilhoso e necessário

Horace certamente irá te surpreender

Horace foi originalmente lançado em 2019 para PC e sendo muito sincero, nunca tinha ouvido falar dele. Quando vi que ele estaria saindo para o Switch, eu fui ver seu trailer e fiquei perdido sobre o que era o jogo.

Porém, algo que puder perceber é que o jogo é absolutamente tudo e abracei a empreitada de fazer este review. Já de cara posso afirmar categoricamente que esse jogo é maravilhoso. Me pergunto como não fez muito barulho em 2019.

Confiram a análise deste maravilhoso indie abaixo que merece sua atenção e dinheiro. Vale dizer que joguei ele na versão de Switch e que infelizmente não possui legendas PT-BR.

Uma história fantástica

Em Horace você será um simpático robô que está aprendendo a andar, falar e viver. Como se fosse seu nascimento. Tudo o que você sabe é que o “Velho Senhor” é como se fosse seu pai e toda sua familia e as pessoas em volta, também fazem parte da sua família.

Após algumas simples missões disfarçadas de tutorial, e algumas até engraçadas, o velho senhor morre e Horace fica desacordado por anos. Ao acordar mais a frente tudo mudou. Existem alguns robôs perigosos, sua familia sumiu, tudo está destruído. Mas afinal, o que aconteceu? Guerra!

A partir deste momento, Horace resolve avançar por esse mundo devastado e seguir as últimas instruções que o velho lhe deixou, limpar um milhão de sujeira. Ao avançar pelo mundo você conseguirá encontrar diversas das pessoas com que você cresceu assim como tentará reunir todos.

Porém, nem tudo é o que parece e você se enfiará em altas enrascadas visitando lugares inusitados e se colocando em situações que nunca imaginou em estar.

Visuais e trilha sonora fantástica

A história do jogo em si já é bem legal, porém, ela ganha um destaque fenomenal em como o jogo usa ao máximo seus recursos cinematográficos. Takes de camera que mudam a perspectiva, zoom que dá foco na emoção de Horace, momentos mais agitados, momentos de calmaria e mais.

É incrível como esses detalhes tão bem utilizados fazem tudo mudar. Ele não segue uma “linha reta” em seu visual e está sempre fazendo pequenas e necessárias mudanças no cenário.

E algo que também expande e muito a percepção do jogo é sua parte sonora. Primeiro, sua história é completamente narrada pelo ponto de vista de Horace e de sua voz robótica. É extremamente bem feito. Já a segunda parte é na trilha sonora que é fabulosa.

Ao se utilizar de músicas clássicas como Fur Elise de Beethoven ou então Thus Spoke Zarathustra (assim falou Zarathustra) de Richard Strauss, os momentos que já eram excelentes se tornam simplesmente épicos e diversas vezes se encaixam no gameplay que é extremamente diversificado.

Horace e seu gameplay super desafiador

Em sua essência, Horace é um jogo de plataforma. E para não ser mais do mesmo ele se utiliza de dois subterfúgios que nem sempre vemos em um jogo.

O primeiro é em sua dificuldade elevada e pulos de precisão. Sabe quando está jogando aquele jogo difícil e você entra em um novo cenário e não tem ideia do que fazer? E depois de morrer mil vezes vê que tem um único caminho que tem que ser feito com muita precisão? Isso acontece a cada dois minutos.

E a segunda sacada na jogabilidade é a mudança constante na gravidade de seu personagem. Logo após despertar de seu longo sono você ganha sapatos que permite andar em qualquer superfície. Chão, parede ou teto. Plataformas voadoras, latão de lixo e mais. Tudo agora é andável. E isso faz com que esteja constantemente mudando seu ponto de vista e ampliando suas opções de solução de puzzles.

Inicialmente essa mecânica é sim complicada e a curva de aprendizado não é pequena. Mas depois de masterizar essa técnica irá fazer os mais inusitados pulos. Essas possibilidades inclusive são utilizada em diversos chefões que apresentam os mais diferentes graus de dificuldade, muitas vezes apelando para o Bullet Hell.

Horace e a calmaria antes da tempestade

É importante dizer que Horace é um jogo difícil e muitas vezes estressante, porém, ele sempre te instiga a tentar mais uma vez não te punindo muito pelas mortes.

Mas pensando nesse estresse, foi implementado inúmeros minigames ao longo do jogo que irão quebrar essa ação desenfreada. Muitos desses minigames são influenciados por música e ritmo tendo um claramente inspirado em Guitar Hero.

Entre as missões também veremos uma mudança de perspectiva como poder dirigir um carro. Ou então voar em um sonho. Mas o meu favorito foi um jogo claramente inspirado em Pac-Man onde você é o fantasma e deve encher todas os caminhos com sua geleia enquanto desvia dos caça fantasmas (sim, os do filme).

Você irá ver uma chuva de referências ao mundo dos jogos e da cultura pop!

Conclusão

Horace é absolutamente maravilhoso, uma verdadeira obra de arte. Ele traz um gameplay desafiador e muito inteligente. Ao mesmo tempo entende que precisa de um momento para relaxar entregando mini games de ritmo e música.

Sua dublagem é ótima e os gráficos são excelentes e ricos para um jogo em 2D. Ao longo da jogatina verá inúmeras referencias tanto de vídeo games como da cultura pop e poderá sentir empatia pelo robô que ainda está aprendendo e tem que lidar com as mazelas da humanidade.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Horace é maravilhoso e necessário

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 9
Diversão - 9.5
Áudio e trilha-sonora - 10

9.6

Obra de Arte

Horace é um jogo de plataforma simplesmente sublime que chegou ao Switch e merece sua atenção. ele mescla com sucesso uma ótima história, uma trilha sonora fenomenal e um gameplay extremamente desafiador e muitas vezes completamente original e inovador.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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