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Análise: Devil May Cry 5 Special Edition

Merece GOTY só por causa do Bury the Light.

Devil May Cry 5 foi um grande estouro em seu lançamento, principalmente por conta de se manter fiel a franquia sem buscar novos moldes como foi o caso de God of War. E, mesmo assim, mostrou que o estilo de jogo não estava datado e ainda tinha muito a ser aproveitado. Afinal, quem não ama chutar a bunda de demônios?

A análise a seguir vai avaliar o game visando as novidades e melhorias, se vale apena ou não readquirir e etc. Se quiser uma visão mais ampla também pode ler o nossa análise referente a versão original.

VERGIL JOGÁVEL, BABY

Sem dúvidas esse é o maior apelo da Special Edition de Devil May Cry 5. Convenhamos… Desde o terceiro game esse é o apelo que faz qualquer fã da série comprar pela segunda vez o jogo.

Tendo dois modos história, onde o primeiro podemos jogar a narrativa completa focada em Nero, V e Dante. O segundo, por sua vez, temos Vergil como protagonista. Seguindo os moldes do Special Edition do 3 e do 4, a jogatina é praticamente a mesma! Mesmas fases e mesmos chefes (alternando para Dante como boss em invés de Vergil em certos momentos). O maior diferencial é realmente poder jogar com o outro filho de Sparda e conferir cutscenes inéditas!

Falando em cutscenes inéditas, temos apenas no começo e no fim do jogo a presença delas. Inicialmente vemos do ponto de vista de Vergil quando ele arranca o braço de Nero e, posteriormente, no final do game quando enfrentamos o Dante. Há alguns diálogos novos, mas nada revelador. Uma decisão interessante foi a escolha de cortarem cenas envolvendo a maior revelação do modo história tradicional, uma vez que não era pro Dante ser o final boss e sim outra pessoa. Queriam evitar spoilers de um jogo lançado no começo de 2019.

VERGIL JOGÁVEL, BABY

O maior JACKPOT de Devil May Cry 5: Special Edition

Quando pensamos na possibilidade de jogar com o Vergil já nos vem na cabeça a possibilidade de utilizar todo o poder do personagem. Diferente de Dante, que possui golpes mais simplistas e fortes, Vergil é focado em sua velocidade absurda. Desde o começo temos todo o arsenal do “pai do ano”.

A boa e velha Yamato que traz um leque enorme de golpes velozes; a clássica Beowulf Gauntlet de Devil May Cry 3 e, a inédita, Mirage Edge que é uma espada azul estilo aquelas que Vergil consegue disparar, contudo, essa tem uma forma familiar da Rebellion de Dante e faz com que o moveset do personagem seja familiar ao do seu irmão, até mesmo falando frases parecidas.

Além de um arsenal poderoso, ele consegue invocar um clone que age por conta própria, ativar o seu devil trigger que é absurdamente devastador e, por fim, invocar o V brevemente que causa dano em área e recupera vida. É, deixaram ele ainda apelão. O que não é ruim! Graças a isso terminei o jogo na metade do tempo.

Por mais que essa adição tenha sido positiva, ainda tenho uma forte crítica por não terem adicionado a Trish e a Lady como personagens jogáveis. Elas estão na história, tem moveset do Devil May Cry 4 Special Edition que poderia ser reaproveitado. Então por que não adicionarem elas como personagens jogáveis? Inclusive, há cores alternativas para as duas. Cores essas que servem unicamente para as cutscenes. Há algo mais inútil do que skin para cutscenes? Creio que não.

Devil May Cry 5: Special Edition está muito mais bonito do que o original

Como dito no título acima, o jogo está realmente mais bonito. Temos uma melhoria nas texturas que já era bem trabalhadas e as expressões estão com um molde mais fiel. Além disso, adicionaram o suporte ao ray tracing que pode ser customizado em dois níveis. O primeiro que permite o jogo continuar a rodar com quadros estáveis, mas não é tão detalhado, enquanto o segundo que traz maior potencial na tecnologia de reflexo e, consequentemente, pode resultar em quedas de FPS. Contudo, joguei boa parte do game neste segundo e não sofri nenhuma queda notável.

Alguns modos impedem o uso da tecnologia do ray tracing como o Legendary Dark Knight e o modo turbo do qual falaremos a seguir.

Devil May Cry 5: Special Edition está muito mais bonito do que o original

Não é Max Steel, mas temos modo turbo! E também o modo Legendary Dark Knight

Sabemos que Devil May Cry 5: Special Edition recebeu melhorias gráficas com ray tracing e a possibilidade de jogar em 120fps (é necessário uma televisão com suporte para tal, a minha infelizmente não é uma dessas). Contudo, algo que pode pegar qualquer um de surpresa é o modo turbo e o legendary dark knight.

Modo turbo: Quando ele está ativo, o jogo fica muito mais rápido do que já é. É como se você assistisse um gameplay em 1.5x ou 2x no YouTube. Chega a ser insano e divertido.

Legendary Dark Knight: Esse modo renova completamente a experiência de jogar Devil May Cry 5 ao trazer hordas enormes de inimigos. Temos uma experiência bem “warriors”, porém, os inimigos não são tão passivos e desde o começo temos alguns oponentes fortes que originalmente não deveriam estar ali.

Acredite, eles fazem o fator replay ser algo extremamente satisfatório.

Não é Max Steel, mas temos modo turbo! E também o modo Legendary Dark Knight

Devil May Cry 5: Special Edition é um ótimo jogo, porém…

Se eu falar que Devil May Cry 5: Special Edition não é bom, estarei sendo um hater que merece levar um soco do Nero. Porém, ele deixa a desejar em alguns aspectos como um Special Edition.

Ele tem o Vergil? Tem! Ele tem novos modos? Com certeza! Tem gráficos melhores? Claro! Contudo, se analisar com a edição especial de Devil May Cry 4, ele poderia ter trazido algo melhor.

Trish e Lady são apenas o começo da questão. Há outras coisas que já não funcionavam bem no jogo original como os Devil Breaker de Nero não serem alternáveis para dar maior liberdade aos combos ou em alguns inimigos o ataque não ter impacto. São fatores que não atrapalharam para eu dar uma nota máximo ao título original, mas, ver que não houve um refinamento nessas características causa um leve descontentamento.

Felizmente o uso do Dual Sense é muito bom, fazendo com que você sinta o peso do gatilho ao usar a Red Queen ou o impacto de alguns combos com a vibração sensitiva do controle.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Devil May Cry 5 Special Edition é a experiência definitiva

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 10
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 10
Conteúdo adicional da edição especial - 7

9.2

Excelente

Devil May Cry 5 Special Edition amplia e muito a experiência do jogo original que já tinha sido um grande lançamento. Infelizmente sabemos que ele poderia ter trazido mais conteúdo, porém, o que tem já compensa a sua compra, principalmente para aqueles que ainda não jogaram.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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