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Análise: Blue Fire é um Souls-like com parkour!

Prepare-se para pular, correr e morrer muito!

Blue Fire é o primeiro jogo lançado pela desenvolvedora Robi Studios, uma pequena empresa Argentina que buscou agregar uma jogabilidade desafiadora, com um mundo interconectado e estética bastante característica no projeto. Com uma narrativa bastante misteriosa e cenários repletos de monstros, armadilhas e pulos cronometrados, os jogadores precisam colocar suas habilidades à prova para progredir na campanha.

Realizamos esta análise no Switch com uma cópia do jogo cedida pela produtora. O jogo está disponível para Nintendo Switch e PC (via Steam). O jogo conta com textos em PT-BR.

O que é Blue Fire?

Por conta do grande foco na jogabilidade, a história do game é apresentada de maneira bastante vaga. Os jogadores recebem a missão de explorar o mundo, enfrentar deuses e descobrir mais sobre o reino misterioso no qual se encontram. Assim que temos o controle do personagem, um espadachim mascarado e que usa uma capa, vemos o grande potencial do jogo.

Os controles são bastante intuitivos, com a movimentação típica de jogos em terceira pessoa, com a adição de algumas habilidades que nos permitem movimentar pelo cenário de maneira mais eficiente. Desde pulos duplos a impulsos para a frente, a curva de aprendizado é desafiadora mas recompensa aqueles que se determinam a dominá-la.

O mundo do jogo é extenso, com cenários interconectados e repleto de rotas secundárias pelas quais os jogadores podem explorar em busca de desbloqueáveis, que variam desde melhorias na barra de vida a novas vestimentas e até habilidades novas para auxiliá-los em suas jornadas.

Gotta Go Fast!

O ritmo de Blue Fire é bastante agitado, exigindo precisão de movimentos em conjunto com o raciocínio rápido dos jogadores enquanto passam por cenários contendo os mais diversos inimigos querendo eliminá-los. É possível traçar um paralelo com Hollow Knight, porém em uma perspectiva tridimensional. E essa terceira dimensão aumenta e muito os desafios.

Inicialmente os jogadores têm acesso a apenas um pulo e um impulso no ar. Conforme progredimos na aventura, recebemos habilidades de ataque, defesa e movimentação. Para ataques, os jogadores podem utilizar espadas tanto no ar quanto no chão. A defesa, por sua vez, é empregada com o uso de um escudo ou ao se esquivar utilizando o impulso. No âmbito da movimentação, os jogadores são introduzidos a diferentes mecânicas que variam da utilização de pulo duplo a andar nas paredes. Um grande destaque se deve à maneira na qual as habilidades são introduzidas. Com cada habilidade os jogadores são logo incentivados a colocá-las a prova por meio de obstáculos e desafios nos cenários.

Além de novas habilidades, os jogadores tem acesso a melhorias chamadas Espíritos que podem ser equipadas para aprimorar os atributos do personagem. Ainda, existem vestimentas alternativas que podem ser adquiridas ou recebidas como recompensas de missões secundárias. Isso sem contar as diferentes espadas que ficam escondidas nos cenários e aprimoram ainda mais os ataques do protagonista. Tudo isso gera um senso de progressão bastante agradável, de maneira que os jogadores sempre saiam de uma sessão querendo mais.

O salto no escuro

É evidente que o Parkour representa o foco da jogabilidade de Blue Fire, visto que seu combate não possui muitas camadas e serve mais como um elemento adicional da experiência. Por conta disso, existem níveis adicionais que podem ser acessados por meio de estátuas espalhadas pelo mundo do jogo, e os mesmos elevam a dificuldade do parkour para desafiar os jogadores, recompensando-os com aprimoramentos em suas barras de vida.

Blue Fire

Estes desafios são totalmente opcionais e perder nos mesmos não gera punição alguma. No entanto, ao mesmo tempo que é extasiante alcançar o final desses níveis com maestria, diversas das fases demandam movimentos calculados e o menor dos descuidos leva os jogadores de volta ao início. Isso torna a experiência frustrante em diversos momentos, visto que alguns dos cenários são extensos ou demoram para serem atravessados por conta de plataformas em movimento ou outros obstáculos que tem uma movimentação pré-programada.

Escuridão entre nós

O jogo conta com uma estética bastante interessante, misturando tons cartunescos com ambientações assustadoras e misteriosas. Os personagens são bastante únicos, e os desenvolvedores conseguiram encaixar todos esses conceitos bizarros dentro de um universo coeso. A trilha sonora é bastante sólida, mas não chega a ser marcante.

A variedade de inimigos é um ponto extremamente positivo ao game. Cada seção possui um tema diferente, e tanto os habitantes dos locais quanto os inimigos a serem enfrentados são bastante únicos, propondo desafios diferentes e que levam os jogadores a descobrir seus padrões de ataque e movimentação. Isso, em conjunto com a movimentação frenética, eleva a dificuldade de algumas seções, tornando-as um pouco desafiadoras demais.

Enfrentando seus medos

Blue Fire é uma mistura de Dark Souls com Parkour, de maneira que os jogadores são desafiados a percorrer cenários misteriosos e assustadores, apresentados a uma narrativa pouco detalhada, e proporcionam uma experiência na qual o menor dos erros poderá resultar em uma morte. Até a necessidade de retornar ao local de sua derrota para recuperar os seus recursos está presente no game.

Com isso, o game poderia seguir dois caminhos distintos: O da frustração e o do desafio. Por sorte, temos nele uma experiência recompensadora, que exigirá dos jogadores maestria dos controles e premiará aqueles que se colocarem à prova. No final das contas, existe muito conteúdo a ser explorado, e não faltam recompensas para as ações dos jogadores, ficando sempre um sentimento de “quero mais” quando terminamos cada sessão de jogo. Os fãs de jogos de Plataforma devem encontrar no game um prato cheio!

Blue Fire

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Blue Fire

Visual, ambientação e gráficos - 7.5
Jogabilidade - 8
Diversão - 7.5
Áudio e trilha-sonora - 6.5

7.4

Bom

Blue Fire apresenta um mundo misterioso, e propõe aos jogadores uma experiência Souls-Like com movimentação agitada e repleta de parkour. Recomendado a fãs de plataforma.

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Nicolas Togashi

Graduado em desenvolvimento de jogos e aficionado por essa mídia, perde mais tempo jogando do que efetivamente utilizando a graduação para alguma coisa. Ama RPGs, e se esforça para ser um bom aliado nos jogos online.

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