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Análise: Wild Rift é tudo o que sempre desejamos

Multiplayer online battle arena games, mais conhecidos como MOBAs, tomaram a cena competitiva dos videogames há anos. Defense of the Ancients (DOTA), mod de Warcraft 3, não foi o primeiro, mas sim o responsável pela febre que tomaria a internet anos depois. Mas foi League of Legends (LoL) o verdadeiro fenômeno de público, que invadiu as casas do mundo inteiro consolidando o gênero entre jogadores de todas as idades, classes e origens. No final do mês passado ganhamos, depois de tantos anos de espera, a devida versão mobile de LoL. Leia aqui nessa análise/review de Wild Rift se o “LoL mobile” é tudo isso e se a espera valeu a pena.

Wild Rift ainda está em fase de Beta aberto, sujeito a mudanças, atualizações, melhorias e balanceamento.

Novato? Sem problema. Veterano? Chega junto!

Para quem não conhece o gênero, basicamente o jogo se resume a partidas de dois times onde o objetivo é destruir a base inimiga, mais precisamente sua edificação principal. Para isso cada jogador escolhe um dos personagens disponíveis no jogo e controla somente ele e suas habilidade. As duas equipes duelam por ondas de soldados que são enviadas de tempos em tempos através de três caminhos que interligam ambas as bases. É claro, os duelos entre os próprios jogadores é a estrela da arena. Cada personagem conta com poderes e características próprias que necessitam de estudo e estratégia para realizar combos e táticas a fim de conseguir a vitória.

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Desde o início de Wild Rift, somos pegos pela mão para aprendermos a jogar. Isso quer dizer que você não terá quase nenhuma dificuldade em entender o game, seus comandos, objetivos e funcionamento de interface. O tutorial inicial é parte essencial do aprendizado e obrigatório, portanto ninguém mergulha nas batalhas sem saber nada. Toda progressão é bem elaborada e força o jogador a fazer partida contra robôs primeiro e 10 partidas casuais.

O veteranos, por outro lado, vão experimentar de uma nostalgia ímpar haja vista que Wild Rift é esencialmente LoL nos celulares. Regressar aos primórdios (ok, nem tanto) de LoL e acompanhar o game crescer e se desenvolver de novo vai deixar qualquer fã animado e com o coração quentinho.

Wilf Rift e seus Comandos Refinados

Ao contrário do PC, onde podemos clicar pelo mapa e ter pleno controle da visibilidade da partida, no mobile estamos quase presos aos heróis. Isso porque não clicamos em nada, os comandos são outros. O canto esquerdo da tela é o “analógico” de movimentação, enquanto o canto direito da tela temos os ícones de comandos específicos. Entre eles, ataque, ataque a criaturas, ataque à estruturas e os botões das magias, itens e habilidades dos heróis. Portanto, em termos de controles e sua praticidade, Wild Rift é mais ação e menos observação.

Para tornar viável o jogo em smartphones, por padrão todos os comandos (ataques, habilidades etc.) focam nos heróis ou criaturas próximas com menor proporção de vida. Isso pode ser ajustável nas opções do jogo e você também pode escolher focar em algum alvo específico na hora do combate. A segunda opção, porém, requer um pouco mais da familiaridade e experiência, principalmente no meio da confusão das batalhas. O ponto é que a automatização funciona de forma primorosa e realmente torna tudo muito mais simples, intuitivo e direto ao ponto, enquanto que a personalização e especificação adiciona profundidade para os mais competitivos.

No geral Wild Rift é quase um “copiar e colar” do jogo do PC na telinha do seu celular e isso se aplica a tudo ao seu redor, desde o menu inicial. Tudo inclui os dragões, o barão, os monstros da selva, os 50 personagens disponíveis e todas as mais de 200 habilidades presentes no jogo. Portanto, apesar da relativa facilidade de acesso e de comandos, não ache que a Riot deu mole e entregou um jogo raso, pelo contrário. Wild RIft tem futuro nos e-sports e certamente a Riot já está de olho nessa mina de ouro.

Evolução em League of Legends Wild Rift

Se você já jogou League of Legends não ficará surpreso ao ver o quão Wild Rift tem um progresso de evolução contínua, intuitiva e convidativa. Para quem ainda não conhece, praticamente em toda partida somos agraciados com recompensas que nos ajudam a seguir em frente, seja desbloqueando novo herói, aparência (skins), modo de jogo, imagem de avatar, borda de avatar, poses, emojis … a lista é grande!

Tão grande que além de nos manter sempre engajados no jogo abre a possibilidade da Riot de ganhar uma grana. O game oferece a possibilidade de comprar moeda corrente do game para desbloquear coisas mais rápido e até mesmo itens e cosméticos exclusivos. Para quem destrava tudo na mão, o caminho pode ser longo, mas de maneira alguma é doloroso. Justamente por isso que League of Legends, e agora Wild Rift também, é tão querido ao redor do mundo todo. Seu sistema é recompensador, apesar de demorado.

Mas não fiquem nervosos, ninguém tem vantagens só porque gastou dinheiro. Os itens são meramente cosméticos, exceto os personagens. Contudo, um personagem desbloqueado não necessariamente é melhor do que um inicial. Levando em conta que o jogo é um game competitivo em constante evolução e atualização, não é incomum que heróis base passem tempos como os melhores a serem escolhidos de sua função. Reafirmando, você não precisa ficar com receio de jogar com personagens defasados contra quem tem grana, isso raramente vai ser o caso em LoL Wild Rift. Jogue no seu tempo e evolua a sua maneira e isso vai ser suficiente.

Tá, mas roda no dispositivo do seu bolso?

De acordo com a Riot e o site oficial de Wild Rift, basta ter um Android 5, 2GB de RAM, Quad-Core 1,5Ghz e GPU Mali-T860 para rodar o game. Liso? Pouco provável, mas roda. Passei os últimos dias jogando partidas no meu Moto G8 Plus, um dos melhores celulares medianos do mercado e quase não tive problemas. Quase. Tanto no modo qualidade (30 fps) quanto performance (60 fps) eu tive alguma queda brusca de fps nas raras lutas mais fervorosas – com muita magia e efeitos especiais.

Contudo, a família G da Motorola conta apenas com 4GB de RAM, se você planeja jogar Wild Rift de forma competitiva, eu diria para buscar smartphones com 6GB de RAM, pelo menos. Evidente que qualquer celular top de linha como Samsung Galaxy S21 Ultra, Iphone 12 Pro Max e similares são MUITO MAIS que suficientes para jogar como profissional. Um meio termo bom seria o Xiaomi Redmi Note 8 Pro de 6GB.

Bora jogar?

Wild Rift é quase perfeito para amantes do gênero. A nota só não é dez, pois a questão das compras dentro do jogo, por mais que não sejam abusivas aqui, ainda é um ponto a se questionar, principalmente para nós brasileiros. Por falar nisso, a interface toda em português brasileiro deixa tudo ainda melhor, colocando a cereja no topo do bolo. A experiência de jogar LoL no celular em Wild Rift é incrível e completa, sem dever nada para a versão de PC. Pelo contrário, pensar que tudo isso tá ali no bolso dá uma sensação ainda mais gostosa.

Ao tratarmos de negócios, eu sinto que o jogo chegou atrasado, muito atrasado. Há diversos MOBAs em smartphones e competir com alguns deles vai ser tarefa difícil para Riot. Arena of Valor, seu principal concorrente, é um dos jogos mais jogados no mundo e é extremamente consolidade na China, o maior mercado de todos. Tomar esse trono vai ser difícil. Contudo, a marca League of Legends é uma das mais poderosas da indústria de games e dessa briga quem vai sair vitorioso é o consumidor.

LoL na sua mão!

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 10
Performance - 8.5
Áudio e trilha-sonora - 8.5
Interface, Progressão e Recursos - 9.5

9.1

Maravilhoso

Wild Rift é quase perfeito para amantes do gênero. A nota só não é dez, pois a questão das microtransações, por mais que não sejam abusivas aqui, ainda é um pouco a se questionar, principalmente para nós brasileiros.

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Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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