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Análise: Poison Control é uma proposta interessante de dugeon crawler

Tóxico e funcional?

Poison Control é a nova proposta da Nippon Ichi Software para dugeon crawler, buscando trazer características únicas para esse gênero. O estúdio é conhecido por fazer jogos bastante inusitados que se destacam em sua qualidade e diversão. Será que foi novo acerto?

Poison Control foi lançado para Playstation 4 e Nintendo Switch. Essa análise está sendo feita graças a um código cedido pela desenvolvedora.

Poison Control é uma história venenosa

Em Poison Control, temos controle do protagonista que desperta no mundo dos mortos e consegue liberar a alma de uma garota peculiar. Contudo, nosso herói não passa de um esqueleto vivo. A alma errante decide se incorporar no esqueleto, desse modo restaurando o corpo físico do garoto e, consequentemente, duas almas compartilhando do mesmo recipiente.

Com a missão de voltar ao mundo dos vivos, eles notam que estão num “mundo” desenvolvido por uma alma corrompida e a única forma de sair de lá é liberando essa alma. O serviço não será fácil, já que há inimigos e zonas de veneno como obstáculos.

Após conseguirem restaurar essa primeira alma, iniciam uma jornada para atingir o seu objetivo e restaurar mais almas corrompidas em seu caminho.

É interessante que o jogo lhe dá a opção de escolher entre o protagonista masculino ou feminino, onde na segunda opção temos uma história distinta onde a “ajudante” é outra personagem.

As narrativas são simpáticas, nada muito profundo apesar do tema. O melhor se encontra nas pequenas histórias envolvendo cada alma corrompida, onde descobrimos o que corrompeu essas almas.

Poison Control

Duas almas & Um corpo

A Nippon Ichi resolveu trabalhar o conceito de duas almas num único corpo até em seu gameplay. Os mapas de Poison Control são dungeons repletas de áreas venenosas e alguns inimigos que ficam dando respawn. Como uma dupla, cada um tem o seu trabalho a fazer… O protagonista deve derrotar os inimigos com a sua arma, enquanto a Poisonette (nome da garota mencionada) vai purificar as zonas venenosas e impedir o respawn dos monstros.

Como isso funciona? Vamos lá.

O protagonista (sem nome, afinal você escolhe o nome dele) tem a habilidade de utilizar armas de fogo e, com isso, deverá derrotar os monstros numa jogabilidade ao estilo TPS. Os inimigos tem pontos fracos e isso potencializa o dano que levam dos seus tiros, além disso, no decorrer do game consegue a possibilidade de utilizar novas armas ou munição de efeito variado. Contudo, apenas a munição padrão recarrega automaticamente, enquanto as outras é necessário conseguir elas pelo mapa.

Ao apertar o L1, no PS4, a Poisonette é invocada (é engraçado que o protagonista volta ser uma caveira nesse momento) com o intuito de purificar uma zona de veneno. Enquanto ela anda, uma linha é formada no chão e o seu trabalho será andar pela zona com veneno e conectar uma ponta da linha com a outra. A purificação acontece, resultando em mais munição, pontos e itens. Mas atenção! O tempo da Poisonette estar livre é curto e ela vai ficando lenta a cada segundo que passa, então deve ser rápido.

Poison Control

A jogabilidade é divertida, apesar que as vezes deixa um pouco a desejar. Motivo? Diversos inimigos te perseguindo, você apenas tem 10 balas com um tempo absurdo de recarregamento e tem que conseguir, de alguma forma, um espaço para invocar a Poisonette e ela purificação a zona. É uma situação não foi bem planejada. Apesar de ter como contornar ela com a purificação deixa algo meio “8 ou 80”, pois você sofre muito ou se livra de tudo de uma única vez.

Além disso, Poison Control começa a ficar meio repetitivo após um tempo já que a jogabilidade não traz grande variação do começo ao fim. É jogo bom para aproveitar em pequenas doses, mas não recomendado para uma jogatina frenética de dias.

Também vale citar que temos um sistema de “bond” com a Poisonette que seria equivalente ao level up do game. Tem alguns eventos de conversa com ela, onde escolhemos um status para upar após o dialogo. Dependendo de qual escolha, algumas vantagens são aprimoradas como ela ser invocada por mais tempo ou você conseguir mais munição.

Poison Control tem um belo visual

Primeiro ponto a ser citado é que apesar dos gráficos de Poison Control não serem nada muito inovadores, sua direção de arte é bonita! Os mapas não são genéricos e apresentam diversidade entre um e outro. Além disso, o visual dos personagens é muito bacana. Realmente vemos um dos brilhos da Nippon Ichi aqui neste game: Seus visuais.

Além de belos visuais, o jogo se destaca em como seus personagens são simpáticos. Para os nossos leitores fãs de jogos mais “anime feelings”, certamente vão amar o cast de Poison Control.

O jogo não tem uma trilha sonora memorável, entretando, isso não quer dizer que seja ruim. Pelo contrário, as músicas são boas e nada enjoativas, fazendo com que esse universo venenoso seja ainda mais singular do que antes.

Poison Control

Conclusão

Poison Control é um bom jogo para passar algum tempinho, porém, não é apropriado para jogatinas duradouras por conta de seu gameplay com pouca variação. Apesar disso, a ideia central é bacana e os seus personagens são fantásticos. Se virar uma franquia dentro do portfólio da Nippon Ichi, certamente teremos algo mais promissor e empolgante no futuro.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Poison Control é carismático

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 6
Diversão - 6
Áudio e trilha-sonora - 8
Narrativa - 7

7

Bom

Aqui temos um jogo com personalidade bastante própria e uma ideia central muito criativa, contudo, tem alguns deslizes em seu gameplay. Podemos não ter um suprassumo do que ele poderia ser, contudo, funciona e deixa várias possibilidades para o futuro.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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