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Análise: Nier Replicant ver.1.22474487139 é vinda inédita de uma obra de arte ao ocidente

FINALMENTE!!! Adeus Gestalt!

Nier Replicant ver.1.22474487139 é o remake do clássico game de Playstation 3 que iniciou o spin-off de Drakengard (Drag-On Dragon) e que infelizmente não chegou no ocidente naquela época, onde tivemos que nos contentar com NieR Gestalt que era uma adaptação “americanizada” do game, mudando diversos conceitos, falas e aspectos dos personagens por conta de um “preconceito” da época em que para um jogo de ação ser chamativo era necessário um brucutu protagonizando.

Felizmente a Square Enix notou seu erro e agora temos o remake dessa obra prima, permitindo que ignoremos a existência falha de Gestalt. Sendo assim, agora vamos para essa análise que está sendo feita graças a um código cedido pela produtora.

Nier Replicant ver.1.22474487139 está disponível para Playstation 4, Xbox One e PC.

A história de dois irmãos

Nier Replicant é a história sobre Nier e sua irmã Yonah num mundo que está sendo atacado por monstros conhecidos por Shades, juntamente de uma doença que faz escrituras negras surgirem no corpo da vitima. Infelizmente, Yonah está infectada por essa doença deixando sua vida em constante risco.

Numa de suas aventuras, Nier encontrou um livro falante chamado Grimoire Weiss que entregou ao garoto a possibilidade de utilizar magia. Com esse novo aliado, veio a descoberta que há a chance de salvar a vida de Yonah. Porém, seria necessário descobrir todas as magias e, por fim, adquirir outro grimório chamado Noir.

No decorrer dessa busca, a dupla encontra novos aliados como Kainé que é uma mulher vários segredos e uma enorme boca suja. E o jovem Emil que é detentor de uma habilidade peculiar capaz de transformar em pedra aquilo que está diante de seus olhos.

A história desse jogo se destaca na construção de seus personagens, principalmente na amizade existente no quarteto (Nier, Weiss, Kainé e Emil). Há diversos momentos que realmente emocionam, fazendo com que o jogador se deite em posição fetal para chorar, enquanto pergunta “Por que eu comprei isso?! Foi para ferir os meus sentimentos?!”.

A narrativa basicamente se baseia no milenar conceito de “inicio de um sonho x deu tudo errado”. Isso não é ruim, pois conseguem trabalhar muito bem com essa temática. Inclusive, o jogo contém 4 finais diferentes e que se complementam, reforçando o fator replay auxiliado com a sua duração média de 20h ou menos, tornando ele um Action RPG consideravelmente rápido.

Nier Replicant tem um gameplay de diversas camadas

Em suma, temos o bom e velho gameplay de ação em terceira pessoa, onde temos golpe forte, golpe fraco, possibilidade de mudar de arma durante o combate, salto, esquiva e bloqueio. Ah, claro, o bom e velho parry está presente no jogo.

Fora o que foi dito, também temos a possibilidade de utilizar diversas magias do Weiss, porém, apenas conseguimos equipar duas por vez. Uma no R1 e a outra no L1. As magias são diversificadas, onde podemos convocar mãos gigantes para dar soco, armas surgindo do solo, disparar lanças, fazer um doppelganger para atacar o inimigo que está longe e etc.

A jogabilidade é simples e funcional, em questão de comandos não vemos nenhuma revolução. O próprio Nier: Automata se sai melhor nesse quesito, principalmente porque Replicant mantém os moldes originais nesse remake. Contudo, seu brilho está na forma que utilizam a câmera entregando diversas variações. Por exemplo… Num determinado momento estamos numa mansão mal assombrada, temos uma utilização de câmeras familiares aos jogos clássicos de Resident Evil e Silent Hill, aquela pegada mais voyeur.

Em outros momentos, inclusive, temos uma visão panorâmica do cenário ou algo mais no estilo 2.5D, o que diversifica bastante o jogo.

Remaster, Remake ou Refação? O que raios é Nier Replicant ver.1.22474487139?

Agora chegamos num assunto bastante delicado. Quando foi anunciado pela primeira vez, o game foi chamado pelo termo de Remaster, pois a ideia era apenas dar uma mexida na resolução e uma revigorada leve nos gráficos. No decorrer do projeto, ganhou o subtítulo “ver.1.22474487139”, indicando que não seria um simples remaster.

De acordo com o próprio Yoko Taro, o game não se trata de um remaster e tampouco de um remake, mas de uma nova versão. Ele mudou coisas, melhorou outras e assim por diante. Acabo concordando com essa definição, já que o game recebeu um tratamento muito maior do que apenas ampliar a resolução, contudo, acho que está um pouco longe de ser um remake. Os gráficos, por exemplo, ainda não se encontram a nível do nosso aclamado Nier: Automata. Felizmente, no geral, ele está muito melhor do que era no Playstation 3.

Mas a verdade seja dita, a definição não é algo relevante para Nier Replicant ver.1.22474487139, afinal é um jogo inédito no ocidente. É o primeiro contato da maioria com o game, já que tínhamos apenas o NieR Gestalt no ocidente.

Aproveitando esse tópico, quero enaltecer a trilha sonora que é simplesmente fantástica! Do começo ao fim, temos músicas memoráveis e fenomenais que casam perfeitamente com cada momento.

Conclusão

Nier Replicant ver.1.22474487139 é um jogo fantástico que finalmente veio para as terras ocidentais, aqui temos uma narração incrível mesclada com gameplay divertido e dinâmico, o que torna uma combinação perfeita, já que sua história nos deixará depressivos a ponto de necessitar de alguma felicidade. Tem coisa mais feliz do que sair batendo em monstros?

Enfim, aqui temos uma diamante bruto que é responsável por tudo que conhecemos em Nier: Automata. É um jogo essencial para fãs de JRPG, narrativas densas e jogos de hack’n slash.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Nier Replicant ver.1.22474487139 é uma experiência incrível

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 8.5
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 10
Narrativa - 10

9.5

Fantástico

Nier Replicant ver.1.22474487139 é um jogo fantástico e que merece ser desfrutado por todos os fãs de RPG, hack'n slash ou que curtem boas histórias. Do começo ao fim, o jogo te prende e entrega uma experiência sem igual, fazendo valer o seu tempo dedicado a ele. Se há algumas falha, provavelmente está no Yoko Taro não ter ousado mais em entregar um remake realmente remake.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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