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Análise: World Tennis Tour 2 ainda tem que melhorar

World Tennis Tour 2 foi lançado no fim de 2020 para a geração passada e agora em 2021 chega para o PS5 e Xbox Series trazendo o tradicional pacote de melhorias como resolução a 4K e frames estáveis a 60 FPS assim como um carregamento quase inexistente.

World Tennis Tour 2 já está disponível para PS5, PS4, Xbox One, Xbox Series X|S, Nintendo Switch e PC. Ele se encontra com legendas em português e a análise foi possível graças a uma chave cedida pela produtora.

Plantel de jogadores(as) é ótimo em World Tennis Tour 2

World Tennis Tour 2 tem mais conteúdo, mas será o suficiente?

Em 2018 eu tive a oportunidade de fazer a análise do primeiro jogo da série e agora experimentei sua segunda iteração. Com isso as comparações são inevitáveis em inúmeros cenários e vou começar falando dos modos disponíveis.

A primeira diferença vai para os modos disponíveis que bem, é a praticamente a mesma coisa do primeiro jogo. Para não ser completamente injusto, existe sim uma novidade legal, que até acabei jogando mais: os torneios oficiais. Agora em World Tennis Tour 2 será possível jogar Grand Slams como o famoso Roland Garros ou então o torneio oficial da ATP. No geral a ambientação está boa e temos algumas apresentações e logos oficiais.

Torneios oficiais disponíveis

De resto temos o mesmo jogo com partidas de exibições, torneios que podem ser feitos do zero e o modo campanha. Assim como no primeiro jogo, o modo campanha irá permitir criar um jogador (a) do zero e ir evoluindo ele ao jogar jogos de simples, duplas, torneios, exibições, treinar ou descansar. Cada uma dessas ações fará você se cansar e deverá optar o que fazer e como evoluir o personagem.

Assim como falei na análise do primeiro jogo, eu entendo a decisão de ser tão direto ao ponto na questão de conteúdo, pois é um jogo de tênis e não tem muito para onde fugir. Porém, ver o segundo jogo tão parecido com o primeiro é um pouco frustrante e mostra que eles não trabalharam nos problemas levantados no passado.

Esses gráficos……

Next ou Old Gen?

Bem, como falei o jogo foi originalmente lançado em 2020 e agora temos essa versão melhorada. Por isso ao ligar meu PS5 e iniciar World Tennis Tour 2 e fiquei me questionando se havia ligado o PS3 ao invés do PS5.

Não serei injusto. As funções de Next Gen funcionam muito bem como quadros super estáveis a 60 frames por segundo e um carregamento a jato. É até “chato” entrar na tela de carregamento e meio segundo depois ela desaparecer. E claro, a resolução 4K está na sua TV.

Porém, os elogios param por aí. Nenhum tipo de melhoria foi feita nas modelagens dos personagens. Eles continuam muito feio. Muitas vezes as texturas das roupas e jogadores parecem ser algo plástico. E isso acaba tirando a imersão do jogo.

Sim, ele não ficou assim no final

Por falar em imersão, algo que atrapalha também é a animação que tem altos e baixos. Algumas vezes elas são boas e fluidas e outras ela é robótica chegando a atrapalhar o gameplay. Sair da inércia é um custo, mas falarei mais a frente sobre isso.

E para fechar essa parte visual, algumas vezes eu via umas sombras muito estranhas no jogo, ainda mais na parte de treino. Elas pareciam se fundir com os jogadores. Ou seja, faltou um polimento e maior capricho com a parte visual para ajudar na imersão.

Uma mecânica que tem que acabar

Existe uma mecânica específica em World Tennis Tour 2 que já existia no primeiro jogo e que agora me incomodou mais do que antes: as cartinhas de poder!

Essas cartas não fazem sentido

Embora seja possível desativar esse poder para todas as partidas e campeonatos, o jogo foi feito para ser jogado com as cartas ativadas. Inclusive ao começar o jogo, você é obrigado a passar por um tutorial onde ele te explica as cartas e poderes.

A ideia é que você com o tempo possa abrir diversos pacotes aleatórios onde irá conseguir cartas que lhe ajudarão em sua força, precisão, estamina e mais. É possível montar mais de uma mão com habilidades diferentes e durante e a partida será possível usar as cartas para ganhar bônus ou prejudicar seu adversário.

Caso você queira investir nesse modo “RPG” irá ficar horas montando a mão perfeita, porém, caso ache ele desnecessário, assim como achei, basta desligar e seguir em frente.

Momentos antes de ser atropelado em quadra

World Tennis Tour 2 – simulação ou diversão

Eu já apresentei inúmeros pontos sobre World Tennis Tour 2 que mesclam decepção e oportunidades perdidas. Porém, nada me deixou mais chateado que o gameplay.

Quando fiz a análise do primeiro jogo em 2018 eu mencionei que “Eu basicamente atropelei todos os adversários no início, mas quanto mais eu avançava, mais demorada e difícil ficavam as partidas (com incríveis trocas de bola que duravam minutos).

Por mais que o jogo já tivesse problemas, eu pude aproveitá-lo e me divertir com ele. Porém, agora em World Tennis Tour 2 minha diversão foi ínfima. Os problemas como animação e sair da posição de inércia para acertar a bola ainda continuam, mas algo foi mudando dentro do gameplay que eles tentaram puxar o jogo mais para uma simulação.

Infelizmente, isso não ajudou no fator diversão e ele traz uma frustração muito grande. É simplesmente um tanto complexo acertar a bola e colocá-la onde você quer. Com um jogador já construído como Roger Federer, Rafael Nadal e até nosso querido Gustavo Kuerten, esse problema é diminuído e você consegue se divertir. Porém, ao começar uma campanha, a frustração aumenta, pois seu personagem é ruim e tem que evoluir. E com isso todas as bolas vão para fora.

Durante minha jogatina eu não ganhei nenhum jogo. Imagina só não ganhar nenhuma partida. Zero absoluto! Se eu fosse um desconhecido de jogos de esporte ou até de vídeo game eu teria uma desculpa, mas está longe de ser o caso.

Toda essa dificuldade é aliada a estranha movimentação do personagem junto com a mecânica de movimentação e devolução da bola que é colocada no mesmo analógico. Aqui a equipe de desenvolvimento poderia aprender com MBL the Show 21 onde fiz sua análise. Simplesmente o jogo em seu tutorial lhe dá diversas opções de como proceder com cada ação do jeito mesclando perfeitamente arcade e simulação.

Por termos apenas uma única opção presente, é basicamente ame ou odeie.

Uma mistura de tristeza e decepção

Conclusão

Eu queria muito ter falado bem de World Tennis Tour 2, mas esse não é o caso. Para mim ele trouxe muito mais frustração do que diversão.

Embora de um lado ele tenha trazido mais conteúdo e melhorado algumas fórmulas, por outro o jogo comete diversos erros que sua iteração de 2018 mostrando uma total falta de evolução. Algumas decisões tomadas, ainda mais se olharmos o gameplay, são questionáveis e não irão agradar a todos os jogadores.

Por fim, sim! A versão de nova geração traz melhorias esperadas como carregamento rápido e frames estáveis, mas falha ao trazer melhorias reais como física, animação e modelagem.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

World Tennis Tour 2 está abaixo do esperado

Visual, ambientação e gráficos - 6
Jogabilidade - 4
Diversão - 4
Áudio e trilha-sonora - 6

5

Fraco

Infelizmente as evoluções vistas em World Tennis Tour 2 são ínfimas se comparado ao primeiro jogo e muitas oportunidades são perdidas aqui. Apenas os fãs mais dedicos do esporte irão encontrar alguma diversão no jogo.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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