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Análise: Huntdown atira sem dó na nostalgia e acerta num ótimo jogo

Um jogo surpreendente que merece atenção!

Desenvolvido pela Easy Trigger Games, Huntdown é a estreia oficial do estúdio. Tendo uma referência nos saudosos anos 80, o jogo é um bullet hell ambientado num futuro distópico bastante cyberpunk, onde você é um caçador de recompensas e vai ter meter chumbo em inúmeros inimigos. Ele está disponível para Playstation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC.

Ficou curioso? Acompanhe a nossa análise que foi feita no PC (Steam), graças a um código cedido pela produtora.

Hora de ir atrás de recompensas

Temos três caçadores de recompensas bem interessantes e intrigantes, a primeira é a caolha Anna Conda que é referência ao épico Snake Plissken, depois temos o badass John Sawyer que é um meio ciborgue e claramente uma referência ao personagens de Arnold Schwarzenegger na franquia The Terminator e, por último, o androide Mow Man que, sem dúvidas, é baseado no nostálgico RoboCop.

Podendo escolher um deles para ser o seu caçador de recompensas, você começa uma empreita para banir a criminalidade das ruas ao confrontar diversas gangues e seus líderes.

O jogo permite que você alterne entre os caçadores, porém, sempre o nível atual é resetado ao fazer isso. O que acaba não sendo um problema, já que as fases são relativamente curtas apesar de serem completamente frenéticas e desafiadoras.

Além disso, cada um dos três personagens tem armas próprias para diversificar o gameplay base. Por que base? Como há diversas armas que são dropadas dos inimigos, é normal utilizar mais elas do que as próprias. A principal peculiaridade do trio é mais utilizadas contra os chefes.

Huntdown é desafiador e a sua dificuldade se mostra gradual

O que mais me chamou atenção em Huntdown é como ele se mostra desafiador sem trazer um apelo abusivo em sua dificuldade, e ainda vai evoluindo os seus desafios no decorrer da jogatina. Não há centenas de inimigos na tela disparando para todos os lados, pois há um número considerável que permite que você tome a iniciativa para meter bala e ainda assim possa ser mais estratégico e aproveitar os momentos para proteger dos tiros alheios.

Por ser um jogo 2D em linha reta, em teoria, a única forma de se protegeria deveria seus os saltos. Porém, o game conta com um sistema de cover que funciona de duas maneiras distintas:

  • Se protegendo com objetos do cenário como caixotes, barris e carros.
  • “Entrando” em alguma abertura ou porta para apenas fugir da linha de fogo (como em Blackthorne).

Os dois modos são bem úteis, mas me impressionei com o segundo. Por mais que você não vai entrar numa casa para explorar ou algo assim, pode “entrar” para fugir da rajada de tiros. Isso acaba se tornando extremamente útil e foi capaz de salvar a minha pele diversas vezes.

Combate divertido e chefes variados

Em Huntdown temos que escolher um dos cenários e posteriormente percorremos diversas fases referentes a esse cenário, no final de cada uma temos que confrontar um chefe. Quando chegamos na última fase daquele cenário, temos o dever de dar fim ao chefe da gangue numa batalha mais difícil do que as anteriores.

Por mais que o game esteja lotado de chefes, todos eles são bem distintos e carregam consigo um estilo próprio de confronto. Além disso, a medida em que você vai tirando a vida deles, os movimentos vão variando cada vez mais fazendo com que você não tenha a segurança de apenas repetir a mesma estratégia do começo ao fim.

Huntdown é como uma máquina do tempo para os nostálgicos

O jogo apresenta uma linda pixel-art cheia de detalhes e vida, mas não é apenas isso que torna Huntdown uma viagem para o passado. Sua trilha sonora é impecável e cumpre a missão de nos ambientar num filme dos anos 80 da temática distópica / cyberpunk. Além disso, o game nos envolve nessa atmosfera ao trazer inúmeras falas e referências aos filmes que bombavam na época.

Inclusive, a narrativa do jogo é exatamente naquela vibe. Não buscam trazer uma história que transcende as leis do universo, mas sim o clichê que funcionava muito bem naquela época e é satisfatório de acompanhar numa tarde pacata de sábado ou domingo.

Os personagens são tão interessantes que sinceramente eu senti um pouco de falta de mais “história” para desenvolver eles, pois o que é entregue já demonstra grande potencial para falas mais longas do que apenas frases espaçadas.

Conclusão de Huntdown

Meus amigos, temos aqui um baita jogo! Quando comecei a jogar pensei que seria mais um indie apelando apenas para nostalgia, mas me enganei. Ele é divertido, desafiador, bem construído e homenageia em grande estilo os clássicos do século passado (muitos de vocês se sentiram velhos agora, não?). Se a Easy Trigger Games trouxer mais jogos assim, eu só digo uma coisa: necessito!

Huntdown

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Huntdown é um diamante bruto entre os jogos do gênero

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 9
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 10
Narrativa - 8

9.4

Excelente

Huntdown é um jogo fantástico que se ambienta perfeitamente na vibe dos grandes sucessos dos anos 80, com referências claras aos filmes de ação da época.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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