Samurai Warriors é uma consagrada franquia da Koei Tecmo com a Omega Force, onde temos nomes épicos do Japão na Era Sengoku se enfrentando em combates extremamente destrutivos. Essa análise será sobre o novo capitulo chamado de Samurai Warriors 5 que traz consigo um recomeço para sua história.
Ficou curioso para saber mais sobre essa renovação? Vamos conferir mais sobre o game que está sendo analisado graças a um código de Playstation 4 cedido pela Koei Tecmo.
A unificação do Japão pelas mãos do Rei Demônio
Após três versões de Samurai Warriors 4 que foram lançadas no decorrer dos últimos seis anos, finalmente temos um novo capítulo real da franquia. Contudo, diferente dos outros que seguem uma linha de narrativa e a participação constante de Sanada Yukimura como um dos personagens principais, agora temos como principal protagonista aquele que foi nomeado de tolo e dominou as terras nipônicas até ganhar o título de Rei Demônio… Ninguém menos que Oda Nobunaga.
Para os fãs de longas datas, sabemos que Oda Nobunaga foi um icônico vilão da série e a possibilidade de ver a história desse personagem faz com que qualquer fã já sinta empolgação.
Como de praxe, o game busca trazer acontecimentos reais, mas adicionando ficção para criar uma narrativa envolvente e até mesmo justificando a “mudança” de Nobunaga. No geral, a sua história é muito boa. E trás consigo duas vertentes para acompanharmos a evolução do dito cujo ou do seu principal aliado (risos) que era Akechi Mitsuhide.
Enquanto jogava para fazer a análise de Samurai Warriors 5, a única coisa que me incomodou durante a narrativa foi o time skip (a Toei Kecmo já havia revelado isso em trailers, então não é spoiler) em que temos os dois protagonistas com visuais mais velhos, contudo, os demais personagens tiveram nenhuma mudança. Isso acabou me incomodando em diversos momentos, pois ficou parecendo que o tempo passou apenas para eles. Fora isso, esse jogo é impecável em seu trama épica.
Muita pancadaria
Continuando a análise de Samurai Warriors, irei conceituar o estilo do jogo para quem ainda não conhece “warriors” ou “musou” se baseia em um tipo de hack’n slash no qual você tem um personagem e enfrentar hordas de inimigos até chegar no chefe e o derrotá-lo. Samurai Warriors segue a mesma fórmula de Dynasty Warriors que é o criador desse estilo, onde temos um guerreiro e devemos dominar os territórios, enquanto realizamos missões e derrotamos milhares de inimigos pela frente.
Normalmente os soldados rasos são extremamente passivos, não demonstrando uma real ameaça e servindo para você espancar todos. Porém, no final da missão sempre tem um inimigo mais forte que trará o verdadeiro desafio.
Samurai Warriors 5 traz consigo dois modos. O primeiro é o modo história que é dividido em duas rotas (Oda Nobunaga e Akechi Mitsuhide) e alguns combates extras em cada uma. Também temos o “modo citadel” onde há missões para superar, podendo jogar com qualquer um dos 27 personagens disponíveis e tendo como objetivo conseguir materiais para upar o seu castelo e assim ter melhores armas, montaria e etc.
É um Warriors clássicos, mas por que isso o torna um Warriors bom?
Algo inegável é que a Omega Force de hoje não é a mesma Omega Force de 2014 quando fez Samurai Warriors 4. Durante o intervalo de tempo entre os dois jogos ocorreram diversos projetos que serviram de laboratório, um bom exemplo é o Dynasty Warriors 9 que trouxe uma mescla de mundo aberto com musou, porém, não foi uma das melhores combinações. O que parecia ser algo fantástico na teoria, na prática se mostrou super limitante e um tanto desnecessário.
Por outro lado, tivemos diversos jogos feitos por ela como os Hyrule Warriors e o Persona 5 Strikers que utilizava a vertente warriors de uma maneira muito bem mesclada com o material original a ponto de ser uma ótima combinação. Dito isso, podemos ver como esses jogos que a Omega Force trabalhou auxiliaram para garantir maior experiências e outras linhas de pensamentos no desenvolvimento de Samurai Warriors 5.
Por exemplo… Não está apenas um jogo de esmagar os botões em sequências exatas para realizar seus combos, pois agora há habilidades especiais ativáveis para garantir extensões das sequências. Além disso, a própria direção de arte teve influência. Muitos “takes” que dão aos personagens após um “Musou Attack” lembra demais o “Show Time Attack” de Persona 5 Strikers.
A questão de seguir uma história central em que os personagens utilizáveis podem mudar de acordo com o contexto também tornou-se um ponto positivo, invés de você seguir o story mode de cada e depois ter que interligar os pontos do que aconteceu antes ou depois.
Aproveitando o tópico, preciso citar que vez ou outra a câmera ficava bugada em meio do gameplay como se ela tivesse entrado dentro do personagem e pegasse uma visão a partir do tronco dele.
Quantidade x Qualidade
Em Samurai Warriors 4 tinham em média de 55 personagens jogáveis, enquanto no quinto título tem 27 personagens contando com duas versões de Oda Nobunaga e Akechi Mitsuhide.
Praticamente o jogo teve a metade de seu elenco cortado, contudo, isso é justificável? Se levarmos em conta que agora está sendo utilizado uma nova engine gráfica e os personagens foram todos refeitos, podemos considerar que essa redução faz sentido, principalmente que muitos dos guerreiros que estão de fora, não tem destaque nas batalhas que são mencionadas nessa narrativa.
Infelizmente esse corte não foi feito para dar maior individualidade ao cast presente, já que agora temos uma mecânica de que podemos equipar qualquer arma em qualquer samurai e consequentemente existe move set próprio da arma com alguma extensão própria de combo entre de cada um deles.
Particularmente, não gostei dessa aplicação. Pois faz parecer que as armas que são os personagens e os próprios são apenas skins para as armas. Era realmente bem melhor quando cada um tinha o seu próprio armamento e fim, isso dava maior singularidade entre eles.
Samurai Warriors 5 teve mudanças em sua direção de arte, mas foi para melhor ou pior?
Normalmente Dynasty Warriors e Samurai Warriors compartilham do mesmo estilo gráfico, sendo personagens aos moldes 3D com maior proximidade da realidade do que algo lúdico. Contudo, esse jogo mudou totalmente esse conceito em seus gráficos. Desde a primeira jogatina para escrever a análise, notei que Samurai Warriors 5 traz um estilo bastante único, onde mantém as características “realistas”, mas tendo um tipo de filtro que passa os personagens para um modelo mais próximo de um estilo de animação familiar as pinturas japonesas.
É algo bastante diferente em comparação aos outros jogos da série e isso acabou sendo um atrativo maior, já que eles tiveram maior liberdade nos modelos das armaduras e afins por não estarem mais presos ao estilo “realista” de outrora.
Mas infelizmente nem tudo são flores. Por mais que em diversos momentos esses gráficos se mostrem bonitos, em outros parece que faltam detalhes ou tem muita poluição visual num único modelo. No geral, eles agradam, mas hora ou outra vai notar que algo não parece certo.
Conclusão da análise de Samurai Warriors 5
Para encerrar essa análise de Samurai Warriors 5, aqui temos uma situação em que o jogo não é ruim, porém, por ser um estilo que muitos tem preconceito acaba sendo difícil dizer “Vá na fé e compre”. Esse game é fortemente indicado para quem curte jogos no estilo musou/warriors ou que seja fã da história japonesa. Para quem faz parte de ao menos um desses grupos, Samurai Warriors 5 vale realmente a pena.
Ele não é perfeito, provavelmente não seja o suprassumo do estilo. Contudo, a Omega Force está caminhando na trilha certa para melhorar os seus games e aqui temos um belo exemplo disso. Entre acertos e erros… Sem dúvidas, tivemos muitos acertos nessa edição.
Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.
Samurai Warriors 5 é um ótimo recomeço para a série
Visual, ambientação e gráficos - 7
Jogabilidade - 8.5
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 7
Narrativa - 8
7.7
Bom
Samurai Warriors 5 tem seus acertos e erros, contudo, é um jogo que está caminhando nos trilhos certos para que a franquia fique cada vez melhor. Pode ainda não ser o suprassumo do estilo, mas está na direção correta.
