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Análise: Hoa é um lindo jogo que se inspira no Studio Ghibli

Um show de arte e trilha!

Você provavelmente já ouviu falar do Studio Ghibli e de como sua arte vem influenciando a cultura pop e, principalmente, os video-games (como Ni No Kuni). Com muita personalidade, vimos em nossa análise que Hoa consegue fazer algo que apenas alguns jogos foram capazes de realizar. Capturando perfeitamente a essência de Hayao Miyazaki, o jogo vem como um puzzler de plataforma e promete encantar os jogadores com uma história breve, porém marcante.

A análise de Hoa foi possível graças a um código cedido pela editora, a qual agradecemos a confiança e parceria. Hoa está legendado e localizado para Português brasileiro (PT-BR).

Hoa parece um daqueles jogos criados exclusivamente para levar o jogador por uma aventura sem grandes problemas durante uma tarde de final de semana. E foi exatamente isso que fizemos durante nossa análise de Hoa. Desenvolvido pela Skrollcat Studio, Hoa é um jogo de plataforma 2D com cores vibrantes que demonstram perfeitamente a simplicidade e calmaria que o jogo é. Não espere aqui grandes desafios, momentos tensos ou até mesmo quebra-cabeças complexos. Apesar do jogo se intitular como tal, tudo é tão simples que o jogo parece ser um caminho linear.

Para seguir seu caminho, a protagonista irá aprender como usar o ambiente e também ganhar habilidades. As folhas se desenrolam e as flores desabrocham, permitindo atravessar as áreas. Insetos e criaturas também fazem parte da experiência, ajudando você a alcançar outros lugares do mundo. Você pode atrair besouros rinocerontes para o local desejado, usando sua concha para chegar a lugares mais altos, usar larvas de lagarta saltitantes para voar pelo céu e saltar sobre joaninhas. Pequenas diferenças no gameplay que fazem o jogo não se tornar algo repetitivo.

Como dito anteriormente, embora você possa se aventurar em qualquer direção, as áreas segmentadas do nível são lineares, o que significa que você nunca se sentirá perdido. Porém, caso seja necessário, existe um botão que abre o mapa e mostra exatamente onde você precisa ir para seguir até o outro ponto do mapa.

Sem barra de saúde, mortes e apenas um tipo de “inimigo” que no máximo te atrasa, Hoa peca por não ter um real desafio (ou não?). Skrollcat Studio projetou o jogo para ser uma experiência livre de estresse que irá agradar a jogadores de todas as idades e habilidades. Isso fica claro em uma cena final do jogo, mais frenética que se transforma em uma cutscene. Na minha opinião, um desperdício, mas entendo a estratégia e o objetivo da criação.

O jogo precisa de pouco mais de três horas para ser concluído. Embora isso possa decepcionar alguns, o comprimento curto é adequado para uma jogabilidade relaxante, criando uma viagem memorável por um mundo de fantasia.

A influência do Studio Ghibli não apenas envolve a estética, mas também está referenciada na trilha-sonora. Suaves melodias baseadas no piano criam uma sensação de grandiosidade e te acompanham como em um desenho mudo. Cada área e elemento foram cuidadosamente elaborados para comunicar o tema central sobre a importância e a beleza da natureza e a problematização da evolução das máquinas. Apesar de ser um tema batido, não vou adentrar nesse ponto para não dar nenhum tipo de spoiler da narrativa curta e simples do jogo.

Hoa é um dos indies mais bonitos que já analisei. Cada aspecto foi projetado de forma impressionante, criando um mundo atraente e cativante. As áreas são variadas com novas mecânicas introduzidas periodicamente para garantir que o jogo tenha uma boa sensação de progressão. Além da falta de desafios, preciso pontuar os pequenos congelamentos quanto estamos indo de uma seção a outra do mapa e em alguns momentos específicos do jogo.

Hoa

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 7
Diversão - 7
Áudio e trilha-sonora - 8

7.8

Bom

Hoa é um jogo para quem busca algo leve, cativante e simples para um final de semana tranquilo e preguiçoso. O jogo é curto e falta desafios reais, porém esbanja beleza e qualidade sonora por sua jornada.

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Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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