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Análise: COD Vanguard é um sólido “mais do mesmo”

Você sempre espera novidades em COD? Ou só quer continuar sua jogatina ano após ano?

Enquanto começo a escrever essa análise de COD Vanguard, a primeira coisa que me vem à cabeça é que de duas a uma: Ou a Activision viria com tudo para a franquia em 2021 ou lançaria algo morno. Isso porque o final do ano está muito disputado com Battlefield 2042 e o lançamento de Halo Infinite, o segundo tendo ainda seu multijogador no modelo Free-to-play. Qual será a estratégia que foi usada? Vamos conferir logo abaixo.

Essa análise foi possível graças a um código do jogo cedido pela distribuidora, à qual agradecemos a parceria e confiança de sempre!

Uma campanha sólida na segunda guerra mundial

A segurança nas escolhas para Vanguard já começam aqui. Voltar para a Segunda Guerra Mundial é uma escolha fácil e que dá uma liberdade criativa muito grande. Isso graças a escolha óbvia de vilões e de tudo que eles eram capazes, aqui aumentado de forma exponencial.

A história desta vez se concentra em quatro soldados recrutados de diferentes partes do mundo para formar uma força-tarefa especial chamada Vanguard. No último ano da guerra, o Projeto Phoenix é o que eles querem: um plano nazista secreto dirigido por Hermann Freisinger. Os protagonistas não fazem ideia do que seria tal projeto e parecem terem sido escalados sem grandes informações, numa pegada meio Esquadrão Suicida.

A narrativa é bem pesada, mais pesada do que as últimas com certeza, introduzindo os quatro personagens e detalhando os acontecimentos que levaram a serem escolhidos a dedo para a equipe. Ou seja, espere aqui bastante flashbacks jogando com cada um deles. O que é algo legal já que cada um deles se portar de maneira diferente em campo e traz um pedaço do mundo como cenário. Porém, isso acaba deixando o plot principal um pouco de lado, em segundo plano.

Polina rouba a cena

Destaco aqui a campanha de Polina que é sem sombra de dúvidas a mais completa de todas. Desde o início de sua história, você começa a ver algumas belas cutscenes de sua vida diária com sua família em Stalingard, que acaba sendo atingida por um ataque nazista. O flashback de Polina inclui até sessões de parkour e furtividade que oferecem alguma variedade das outras missões de personagens que são apenas tiroteios e ação desenfreada. Com certeza minha parte preferida da campanha.

Uma personagem digna de uma história solo bem pouco provável de acontecer. Por sorte, ela é uma das skins que você pode adquirir para o multiplayer e mostrar seu apreço pela personagem.

O que encontramos durante nossa análise de COD Vanguard foi uma experiência bem parecida com tudo que vimos de Call of Duty ao longo dos anos. Uma história cinematográfica (confira aqui o filme), tiros, bombas e muito da motivação emocional de cada um da equipe. Temos cenas muito bem criadas e dirigidas, tanto da parte dos “heróis” quanto da parte dos nazistas. Não entenda errado, temos uma boa campanha, só não é a melhor nem a mais inovadora.

Um multiplayer pé no chão agradará jogadores de Warzone

Aqui temos exatamente a experiência tão conhecida da franquia. Um jogo com passada rápida, com modos de jogo clássicos e respawns mais do que questionáveis. Sim, carimba que é Call of Duty!

Algumas melhorias notáveis este ano incluem a capacidade de fazer ajustes na busca de partidas. Além dos tipos de partidas, você também pode selecionar três categorias de ritmo, Blitz, Tático ou Assalto, com base na sua preferência ou no nível de correria que você está disposto a enfrentar. Blitz é o frenético, onde você constantemente ouve tiros e onde as mortes são mais constantes e os mapas são menores. O modo tático lhe dá algum tempo para respirar e espalha mais os jogadores, enquanto o Ataque é o meio termo entre estes. Não consegui achar nenhuma partida dos novos modos enquanto jogava para a análise de COD Vanguard. Então tenha isso em mente se pensar em comprar pelas novidades.

Um ponto que precisa ser destacado é que alguns mapas também apresentam vários ambientes destrutivos que mudam o visual e adicionam alguma estratégia e dinamismo.

No mais, temos a mesma experiência para criar setup de armas, habilidades, perks, melhorias de acessórios baseadas em níveis e diferentes modelos de personagens. De novo, uma experiência sólida de Call of Duty.

Um modo Zumbi tímido depois de Cold War

Um dos pontos altos de Cold War foi o modo Outbreak. Onde você estava numa espécie de mundo aberto completando objetivos e avançando para outras áreas do mapa. E não, não temos isso em Vanguard.

O modo zumbi retorna com algumas mudanças que os jogadores vão amar ou odiar. Em vez de um modo contínuo, Zombies agora gira em torno de completar objetivos. Ondas de zumbis ainda estarão constantemente invadindo você e sua equipe, mas você também terá que se preocupar em entrar em portais para coletar runas ou escoltar um crânio flutuante para um destino. Uma vez que você completa um objetivo, você volta para o hub onde você pode fazer upgrades e onde as ondas de inimigos realmente acontecem. Ou seja, cada vez que você voltar para este local o jogo ficará mais difícil.

Apesar de ser um modo diferente, os maquinários e lugares de upgrades foram reciclados dos jogos anteriores, o que deixa tudo com um aspecto de “antigo” e mais do mesmo. Talvez se a forma de se aprimorar fosse diferente, ou os personagens tivessem alguma personalidade, as coisas seriam diferentes.

Temos um modo muito mais simples que pode atrair novos jogadores mas afastará aqueles que curtiam os segredos dos modos anteriores de zumbis e até mesmo Outbreak.

Conclusão

Call of Duty: Vanguard é um título tão sólido quanto é seguro para a empresa. O jogo não tentou correr riscos. Sua campanha é memorável, com bons personagens e visuais, mas curta e sem grandes novidades na narrativa. O multiplayer é robusto com uma ótima quantidade de mapas já no lançamento e a promessa de mais por vir. Quanto aos zumbis, mesmo tendo uma narrativa nazista, deixa a desejar na criatividade e na apresentação do modo como um todo.

Como dito em alguns momentos da análise de COD Vanguard, esse é um Call of Duty com a essência principal da série, sem grandes saltos, sem grandes mudanças, mas sólido e com a experiência que milhões de jogadores procuram ano após ano.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Call of Duty Vanguard

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 7
Diversão - 7.5
Áudio e trilha-sonora - 8

7.6

Bom

COD Vanguard vem com o objetivo de não correr riscos e entregar uma experiência sólida que, em contrapartida, peca em profundidade e novidades em todos os modos de jogo. Nada irá decepcionar, tudo será divertido em algum momento. Contudo, nada será lembrado por muito tempo.

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Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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