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Análise: Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin traz a chance de matar caos

E muitos outros tipos de caos

Surpreendendo todos com o seu lançamento, o “dark fantasy” de Final Fantasy foi anunciado com a promessa de ser um soulslike da consagrada franquia. Nossa análise de Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin contará se o jogo realmente consegue atingir seu objetivo e agradará os fãs. Então continue lendo até o final.

Essa análise de Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin foi feita graças a um código cedido pela Square Enix. O jogo encontra-se disponível para PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One e PC Via Epic Games Store. Ele não conta com legendas PT-BR.

Em uma era de caos, guerreiros da luz se erguem para salvar o mundo

Guiados por seus cristais, três jovens se encontram e começam uma jornada com o intuito de extinguir uma forma de vida chamada Chaos. Jack, Ash e Led finalmente conseguem uma pista de onde esse ser pode estar por causa de um trágico evento que ocorreu num castelo. Então seguindo viagem em rumo ao “templo do caos”, eles tem o primeiro contato com esse poderoso inimigo. Mais tarde, durante a jornada, o time de guerreiros da luz cresce com a inclusão de duas mulheres que se chamam Neon e Sophia.

A história de Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin pega base na lore do primeiro Final Fantasy, onde os cavaleiros da luz tem como missão derrotar o caos que assola o mundo. Além disso, há diversos elementos que lembram claramente o pioneiro da franquia, como o primeiro boss ser exatamente o mesmo.

O enredo desse jogo não tem uma base ruim, mas seu desenvolvimento peca em diversos aspectos. Primeiramente pela forma que as coisas acontecem de jeito tão superficial como a amizade dos três primeiros protagonistas que deu início de maneira imediata.

Outro ponto fraco está no script das falas, onde o tempo todo temos Jack tentando soltar alguma frase de impacto que o deixa com ar de “badass“. E isso é um problema, pois é algo tão repetitivo que simplesmente não consigo levar a sério, pois além dessa repetição excessiva, a forma que escreveram o roteiro não auxilia. Um bom exemplo é quando Neon menciona sobre a possibilidade de Chaos ser apenas uma lenda e Jack ignora, colocando os fones de ouvido e saindo, enquanto ouve um rock e, só depois, para a música e fala que “besteira” para o que ela tinha dito.

O enredo está longe de ser ruim, mas a forma que ele é contado e os diálogos rasos acaba o prejudicando.

Outro pecado está na ambientação onde apenas os protagonistas parecem ser uma era mais moderna, enquanto todos os outros tem um visual mais medieval. Por mais que esse mundo seja uma mescla de moderno futurista com medieval, não vemos de fato uma mescla harmônica.

Gameplay se mostra um caos

Inicialmente com uma proposta de ser um Soulslike parecido com Nioh, até porque teve a mesma equipe de produção, podemos notar que Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin tenta criar um meio termo entre o gênero mencionado e hack’n slash, porém, acaba sendo um misto desproporcional e que peca na criação de sua própria identidade.

A jogabilidade é meio restritiva como um soulslike, porém ela acaba sendo mais dinâmica por não ter uma barra de estamina que limita seus movimentos. Dito isso, você é capaz de atacar, bloquear e esquivar livremente, porém, seus golpes especiais tem limite de MP que são recuperados ao atacar de maneira normal.

Os inimigos são fortes, causam dano considerável e normalmente estão acompanhados. Não são hordas enormes como um hack’n slash, porém, não dá para isolar eles e derrotar um por vez com cautela igual você faz em Dark Souls ou Nioh. Felizmente você tem outros dois membros em sua party para auxiliar na jornada, apesar de servirem mais como “escudo humano” para que você não sofra tanto dano.

O seu brilho deveria ser nas batalhas contra os chefes, contudo, aqui também vemos que faltou refino. Os golpes de Jack não causam impacto nos seus inimigos, consequentemente eles não param uma sequência não iniciada de ataque, nem mesmo demonstram sofrer o dano recebido. A falta de equilíbrio é tanta que seus golpes tem uma execução rápida, tempo de recuperação imediata e causam dano mesmo contigo desviando no momento exato forçando que você tenha que antecipar os movimentos para poder executar uma esquiva bem efetiva.

Outro fator que pessoalmente acho negativo está no sistema de “loot” presente no game. Lembra bastante Nioh onde dropa inúmeros equipamentos para você construir a sua build, mas neste jogo o número de drop está absurdamente maior, fazendo você pegar várias vezes o mesmo equipamento com algum detalhezinho diferente e ter que quebrar a cabeça sobre qual é o melhor a utilizar.

análise Stranger of Paradise

Há luz em meio ao caos

O gameplay não é apenas falhas, principalmente com alguns sistemas que merecem ser citados. O primeiro deles está em qualquer job relacionado a magia, onde temos uma roleta que indica os feitiços disponíveis e podemos selecionar um deles, enquanto a mana está sendo carregada. Quanto mais carregada, mais forte será o feitiço e terá uma área de alcance maior.

Falando em job, você pode equipar até dois jobs em Jack e alternar entre eles livremente. Por exemplo, swordman e red mage ou ronin e lancer. A composição vai de acordo com a sua vontade.

E, provavelmente o ponto mais relevante, é que apesar do jogo tentar ser um soulslike de Final Fantasy, ele traz algo que todos os jogadores que não são fãs do gênero pedem: poder escolher a dificuldade.

Com modo fácil, normal e difícil você pode selecionar qual experiência você mais deseja experimentar e modificar isso livremente no menu.

Gráficos e trilha sonora

Chegamos em mais um ponto delicado, pois falar de gráficos desse jogo acaba sendo uma tarefa difícil. Primeiramente, porque os gráficos não são exatamente ruins, mas podemos ver que eles estão longe de serem bons, principalmente porque tem um filtro borrado em cima que serve para esconder serrilhado… Algo que já deveria nem mesmo existir levando em conta que ele foi lançado para PS4 e PS5, uma vez que a análise de Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin foi feita na nova geração. O que faz com que o jogo brilhe são os cenários que estão ricos em detalhes e dão uma vida enorme ao game.

A trilha sonora como de praxe para um Final Fantasy, ela se mostra louvável, apesar de ter nenhuma OST que você sinta aquela necessidade de ficar ouvindo diversas vezes em looping.

Conclusão da análise de Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin

Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin era um jogo promissor em sua proposta, mas por falta de refino ele se mostrou um caos em diversos aspectos. Principalmente em sua desbalanceada mistura de estilos e, claro, seu enredo que apesar ter uma base genial não soube como fazer um bom aproveitamento.

Uma vez que o jogo tenha como “rival” Elden Ring, é difícil imaginar o que fez com a Square Enix escolhesse realizar o seu lançamento neste momento. Inclusive, não houve nenhuma mudança significativa de suas demos para o jogo lançado, fazendo parecer que o feedback da comunidade não foi atendido como deveria.

Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin só é indicado se você quiser muito o jogo, pois ele não é algo que irá cativar os jogadores.

análise Stranger of Paradise

A análise de Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin é realmente um caos

Visual, ambientação e gráficos - 5
Jogabilidade - 6
Diversão - 5
Áudio e trilha-sonora - 8
Narrativa - 5

5.8

Fraco

Stranger of Paradise: Final Fantasy Origin trouxe diversas ideias boas e plot promissor, mas não souberam harmonizar essas ideas com o gameplay e o jogo nos entrega um verdadeiro caos.

User Rating: 0.15 ( 1 votes)

Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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