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Análise: Stray mistura gatos e uma ótima narrativa

Só faltou a mecânica de poder comer peixe

Em nossa análise de Stray nós vamos conferir se o antecipado jogo do gato cyberpunk que fez barulho desde seu anúncio em 2020 merece sua atenção ou não. Portanto, se quer saber se um gato perdido em uma cidade Cyberpunk cheio de robôs e seres mutantes vale a pena, confira aqui em nossa análise.

Stray já está disponível para PS4, PS5 e PC e conta com legendas em PT-BR. Assinantes do plano Extra e Deluxe da PS PLUS também podem jogá-lo sem custo adicional.

Buscando o caminho de casa

Em Stray você será um gato que vive no topo do mundo com seus outros amigos gatos. Após uma saidinha com seus amigos, o protagonista acaba pulando em um cano que estava solto e acaba caindo muito.

Ao cair, ele chega a uma cidade estranha e escura e logo em seguida faz um parceiro, um simpático robô voador conhecido apenas por B12 e é aí onde sua aventura começa.

Me pegando de forma desprevenida, o gato em si é irrelevante para a história. Sendo até simplista em minha fala, o gato é apenas um gato! Porém, existe um certo mérito aí. Ele como um gato é ágil, pula diversas plataformas, mia, dorme e brinca com diversas coisas.

Porém, o grande mérito aqui é descobrir, graças ao B12, a história tanto desse simpático robô como de toda a sociedade. Por que os humanos sumiram? De onde vieram os mutantes chamados de Zurk? Qual é a história dessa sociedade robótica? E quem é o B12?

Essas e outras perguntas serão respondidas durante as mais ou menos 5 horas de gameplay de Stray.

Sendo um gato e interagindo com o mundo

Como acabei de falar, na realidade a história de Stray vai muito além do gato que acaba sendo, de certa forma, um avatar para o jogo. Porém, não quero dizer que ele é inútil e nem que é mal feito.

Pela perspectiva de gato apenas, é muito legal ver que ele tem todos os trejeitos do animal doméstico e isso é um prato cheio para os amantes dos felinos. Em inúmeros momentos você poderá escalar o que quiser para saciar sua curiosidade de algo que tenha visto. Também pode fazer atividades registradas de gatos como afiar a unha no tapete, no sofá e achar inúmeros pontos para tirar aquela soneca. E claro, derrubar muita coisa no chão. Afinal um gato que não derruba as coisas da mesa, não é um gato!

E por falar em soneca, um detalhe muito interessante é que caso jogue com um Dualsense, é possível ouvir e sentir o ronronar do gato ao dormir. E sim, o Dualsense passa outros sentimentos interessantes ao longo da aventura do gatinho valendo o singelo destaque nessa análise de Stray.

Além desses comportamentos, é possível miar quando bem entender. O poder de miar tem alguns efeitos interessantes dentro do jogo como alterar o humor de algum robô assim como chamar a atenção de quem está em volta. Essa possibilidade de fazer barulho pode ser utilizada em outros momentos de forma estratégica para acessar certas áreas.

Aqui eu aplaudo todo o trabalho feito para trazer esse simpático gato a vida que irá agradar a todos os amantes de animais. Porém, faço um pequeno aviso: não existe liberdade para pular com seu gato. Você deverá sempre achar o caminho ao “mirar” nas superfícies puláveis e apertar o X. Eu entendo os motivos por trás dessa decisão, mas algumas vezes o jogo grita pela liberdade de poder pular.

Gameplay simples e interessante

E agora que tirei da frente a história e o destaque de nosso gato, tenho que falar como Stray funciona e como ele irá te desafiar.

Bem, depois de jogar Stray eu consigo claramente dividi-lo em duas partes. A primeira, como já até cheguei a mencionar, é que é possível utilizar toda a agilidade de seu gato para poder explorar esse mundo interessante. Nessa exploração iremos encontrar robôs e conferir suas motivações, poderemos coletar itens no melhor estilo point and click e até resolver alguns puzzles bem simples que nunca me senti desafiado. Tudo fluiu de forma bem natural.

E já a segunda parte do gameplay de Stray é quando entramos nas áreas infestadas pelos Zurks. Aqui iremos recorrer a um mix de correria pela parte do gato, assim como teremos que pensar em estratégias simples para enganar esses mutantes devoradores de tudo que vem pela frente. Aqui iremos contar com todas as armas do gato como sua velocidade, agilidade e miado.

As partes de perseguição muitas vezes são intensas e às vezes será necessário pensar com calma no seu próximo passo.

Uma baita ambientação

E indo para a última parte desta análise, tenho que falar da ambientação de Stray. Ela é simplesmente magnífica. De uma lado temos uma cidade com diversos elementos steampunk que você consegue enxergar claramente que ela luta para sobreviver.

Temos seus moradores com atividades diárias que dão vida ao lugar, as cores que se sobressaem a escuridão da cidade e muito mais. É realmente interessante e prazeroso explorar cada canto da cidade que tem um belo design dentro de sua proposta.

Já do outro lado, temos as áreas infestadas de Zurks que mostram um outro lado da cidade. Espere ambientes mais sujos, tensos e até nojentos em diversos momentos. A infestação Zurk se alastrou tanto que em certos momentos você passará por corredores que lembrarão a franquia Alien.

E um pequeno ponto negativo que levanto aqui é sobre alguns poucos bugs que encontrei no jogo. Ele está sim bem otimizado, mas mesmo assim meu gato conseguiu pular em plataformas que não existiam mais ou então vi Zurks entrando na parede. E outra parte visual que me incomodou em alguns momentos foram nas sombras que destoam do cenário.

Conclusão

Chegando ao fim desta análise, eu posso dizer que Stray entregou exatamente o que eu esperava. Aqui nós temos realmente um gato que se assemelha muito aos bichanos que interagimos na vida real e seus trejeitos estão muito bem representados no jogo.

A parte de exploração é bem agradável assim como seus ambientes são muito bem feitos. A surpresa positiva é na relação do B12 com este mundo assim como em toda a história que envolve essa decadente cidade com seus moradores robóticos. É realmente prazeroso conhecer e interagir com os robôs e ajudá-los sempre que possível.

E se há algo que tem um espaço para melhoria é em seu gameplay que por muitas vezes é um tanto simplista e pouco desafiador. Ele não é ruim e funciona muito bem, mas faltou um pouco de desafio em sua aventura.

Essa análise de Stray segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Stray é um jogo para amantes de felinos

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 7
Diversão - 7.5
Áudio e trilha-sonora - 8
Narrativa - 8.5

8

Ótimo

Stray acaba entregando uma aventura muito agradável onde você irá conhecer a história e motivações de uma cidade nada usual enquanto poderá ser um gato com todos seus trejeitos e fofuras possíveis.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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