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Análise: Cult of the Lamb é absurdamente bom

Uma deliciosa e inesperada aventura

Cult of the Lamb é o mais novo jogo da irreverente Devolver Digital onde iremos controlar uma fofa e simpática ovelha ao criar e gerir seu culto satanista enquanto enfrenta um culto rival com todas suas forças. Se essa rápida descrição te chamou a atenção, então confiram em nossa análise se Cult of The Lamb vale seu tempo.

E já dou um pequeno spoiler aqui que o jogo vale sim seu tempo!

A análise de Cult of The Lamb foi possível graças a uma key cedida pela editora. O jogo estará disponível no dia 11 de Agosto para PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One, Nintendo Switch e PC e conta com legendas em PT-BR.

A última ovelha de sua espécie

Cult of the Lamb começa de uma forma bem macabra onde a singela ovelha é a última de sua espécie e ela caminha rumo a ser sacrificada. Após testemunhar as palavras de seres antigos sobre como sua morte servirá para acabar com a antiga profecia, a ovelha é morta.

Porém, seu espírito é levado diretamente para um grande espírito antigo aprisionado pelos mesmos captores da ovelha e ela é abençoada com os poderes da coroa onde terá poder para começar um culto em seu nome assim como acabar com os seres que a mataram.

A partir daí sua missão será construir seu culto onde diversos dos personagens serão resgatados das mãos do culto rival. E à medida que for avançando sua história, você conhecerá um pouco mais desse culto adversário, assim como seu deus caído e outros personagens bem interessantes que se encontram no mapa e podem dar uma atividade fora do foco principal do jogo como pescar ou jogar um jogo único de dados.

Gráficos agradáveis e ambientação linda

Algo que me surpreendeu muito foi a ambientação e gráficos trazidos pelo jogo. Em Cult of the Lamb nós teremos uma visão isométrica onde tudo que é visto parece ter sido desenhado a mão.

Por mais que os personagens e mundo não seja super realista, a animação de tudo que existe na tela é executada de forma impecável trazendo uma grande diferenciação aos ambientes assim como trazendo vida a cada nova tela que aparece na sua frente.

Algo que também acaba sendo um grande destaque é na dualidade da ambientação. No meio de ambientes sinistros com criaturas mortas e uma vastidão de inimigos, existe o protagonista que é uma ovelha super fofa. Mas mesmo sendo fofa, ela tem seus momentos onde ao matar seus inimigos ou executar rituais ela muda completamente.

Inclusive é inesperadamente interessante ver uma fofa ovelha e seus seguidores fazendo um ritual em seu nome ao comer os ossos de seus inimigos ou então sacrificando um de seus seguidores trazendo felicidade ao seu culto.

Essa mudança constante de ambientação entre o fofo e o destruído, juntamente com uma estética muito interessante, deixa Cult of the Lamb super bem feito e interessante na parte visual.

Roguelite bem lite

Indo para a parte da análise onde falarei do gameplay de Cult of the Lamb, ele pode ser dividido em partes e subpartes.

A primeira parte, que é a de ação, se assemelha muito a um Roguelite. Você iniciará a fase pegando uma arma de ataque corpo a corpo e uma a distância. Além desses ataques básicos você pode esquivar e é basicamente isso.

Porém, a parte da ação mesmo sendo simples, acaba te surpreendendo. O primeiro motivo é que cada um dos 4 grandes mundos tem uma temática e os inimigos tendem a seguir as formas e ideias de seu chefe de área. Para chegar ao final da sua run você deverá sempre trilhar um caminho à sua escolha onde cada caminho lhe dará algum tipo de benefício como novos seguidores, habilidades ou recursos de forma geral.

Além disso, em cada fase existirá um NPC em uma área segura que lhe oferecerá cartas ou armas. Essas cartas vão modificando seus status dando melhoras gerais ao personagem. Já as armas melhores é auto explicativo.

E, por fim, no fim de cada run você irá encarar um chefe de fase que lhe prepara para o grande chefe da área posteriormente.

E aqui eu friso que o estilo é um Roguelite, pois mesmo morrendo você não perderá nada praticamente. Suas conquistas até aquele momento seguirão com você de volta para sua vila, incluindo seguidores.

E para dar um tempero a mais no jogo, após evoluir mais na história, seus inimigos começarão a utilizar seus poderes para prejudicar ou o seu caminho ou os seus seguidores como deixá-los famintos ou com uma doença aumentando a complexidade.

Fazendinha feliz do capironga

Já a outra parte do gameplay de Cult of the Lamb que eu me deliciei foi o gerenciamento de base. Seu real objetivo é aumentar o número de seguidores e com o poder da fé deles poderá se tornar mais forte assim como desbloquear melhorias para sua vila e para suas runs.

E para deixar tudo rodando nos eixos, existem diversos detalhes a serem tratados. O primeiro é que você deverá ordenar os seus seguidores para coletarem madeira, pedra, te cultuar, cuidar da fazenda e muito mais. Existe aqui uma necessidade de real gerenciamento e desenvolvimento da sua vila. E isso acontece ao pegar o poder de oração que eles deixaram para você. Ao atingir um novo nível de adoração, você poderá desbloquear uma nova construção.

Já a outra forma de crescer é fazendo sermões. Aqui você poderá dar um sermão por dia e irá coletar a energia de seus seguidores. Ao atingir o nível necessário poderá desbloquear uma melhoria que ficará ativa para suas runs futuras como armas mais fortes ou então armas com status como envenenar ou sugar vida. E claro, quanto mais seguidores, mais rápido você consegue evoluir.

E ainda existe uma terceira forma de evoluir na cidade que é através das tábuas de doutrina. Após elevar o nível individual de cada seguidor, você ganhará uma pedaço dessa tábua até completar uma. E ao completar uma tábua, você pode ativar uma habilidade passiva para sua vila que pode refletir nos sermões, cobrança de dízimo, alimentação, trabalho e mais.

E além de todo esse gerenciamento estratégico para evoluir, você ainda deverá atender a necessidade pessoal de cada membro, assim como suas necessidades fisiológicas como fazer comida, limpar a vila das fezes, fornecer cama e mais.

Todos esses elementos fazem com que Cult of the Lamb seja um jogo único e muito desafiador, além de adaptar muito bem os dogmas que vemos na religião como um todo sendo levado para um lado mais sinistro.

Conclusão da análise de Cult of the Lamb

Eu simplesmente amei jogar Cult of the Lamb. Sua irreverência veio à tona em diversos momentos e entrega momentos muito engraçados. Ajudando essa ideia louca, temos uma ambientação fantástica que dá vida a dualidade das propostas entre a fofura e algo que passa tensão e medo.

A animação dos personagens é impecável e os ambientes são ricos. E claro, a gestão da vila e as inúmeras possibilidades de evoluir acrescentam uma camada de RPG muito forte ao jogo.

E se eu fosse fazer alguma crítica ao jogo, ficaria para a parte de luta durante suas runs, embora tudo funcione perfeitamente bem, cada parte da fase conta com inúmeros itens destrutíveis como pedra, grama e mais. Às vezes matar os inimigos é um pouco confuso por ter muita coisa acontecendo ao mesmo tempo e parte da estratégia para vencer acaba sendo ter um pouco de sorte.

Isso não é grave, mas tem que ser pontuado.

Essa análise de Cult of the Lamb segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Cult of the Lamb deve ser jogado por todos!

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 9
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 10

9.8

Maravilhoso

Cult of the Lamb é um jogo inesperadamente bom que mescla elementos de Roguelite com gerenciamento de sua base e entrega uma aventura sólida e super divertida. É um jogo obrigatório para a maioria dos gamers.

User Rating: 5 ( 1 votes)

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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