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Análise: Thymesia consegue toda a imersão Souls, porém, não é perfeito.

Recupere suas memórias e salve o reino de Hermes

Thymesia é um RPG de ação que bebe da fonte “soulsborne”, trazendo desafios sombrios e situações que farão com que os jogadores tenham que ter muita paciência para superar os poderosos inimigos. Com um visual que mistura características medievais com o século XVIII onde uma praga se alastrou no reino de Hermes e o protagonista Corvus é a última esperança. Confira a nossa análise de Thymesia e descubra se esse RPG realmente faz jus a sua fonte de inspiração.

Essa análise de Thymesia foi feita graças a um código de PC via Steam disponibilizado pela distribuidora. O jogo será lançado para PS5, Xbox Series, PC e Nintendo Switch e não conta com legendas em PT-BR.

A queda do reino de Hermes

O reino de Hermes foi amaldiçoado por uma praga que o devastou de uma forma surreal, fazendo com que criaturas bizarras surgissem e seus moradores perdessem a humanidade, ficando agressivos e, em piores casos, também se transmutando em algo misto de humano com ser sobrenatural. A única salvação deste reino caído é o protagonista Corvus que tem a solução para tudo em suas memórias, porém, o mesmo acabou sendo vítima de uma misteriosa amnésia e agora deverá percorrer os perigos desse lugar sombrio para recuperar os fragmentos de suas lembranças e salvar o reino de Hermes.

Como quase todo baseado em Souls, Thymesia não segue uma forma linear de contar sua história. Ela é dita por meio das anotações das lembranças de Corvus e também diálogos dos personagens, fazendo com que o jogador tenha que compreender o que está acontecendo e o contexto geral. Tanto a ambientação quanto essa forma de narrativa estão realmente envolventes.

Mecânicas envolventes

Thymesia realmente usa muito de sua fonte de inspiração para as mecânicas de jogo, porém, consegue ter uma identidade própria fazendo com que se destaque por si só. Primeiramente por ser um jogo bastante dinâmico e, sequencialmente, por trazer adaptações que se encaixam perfeitamente em seu contexto narrativo. Aqui temos um botão de golpe físico, outro para golpe da garra do protagonista, esquiva em forma de dash, utilização de penas como arma de longo alcance e dois botões dedicados para as habilidades especiais de Corvus.

Os dois tipos de ataques vão muito além do costumeiro ataque fraco e forte, pois o golpe físico é mais rápido e serve para causar um dano primário nos inimigos, porém, não dá para derrotá-los apenas assim, uma vez que eles são capazes de se regenerar. Assim entra o ataque da garra de Corvus serve para impedir essa regeneração e garantir a obliteração de seus oponentes. Dito isso, é extremamente necessário saber combinar esses dois tipos de ofensivas, onde a primeira vai enfraquecer os inimigos e posteriormente a segunda servirá para finalizar.

Além desses golpes citados, Corvus também possui os golpes especiais que consegue capturar dos seus inimigos. Normalmente elas são baseadas nas armas que estes carregam, então se um está utilizando machado, você poderá criar um machado feito da praga e executar um único poderoso golpe.

Com tantas mecânicas inclusas, Thymesia se destaca também em seu sistema de evolução, fazendo com que você tenha o famigerado level up, skills, upgrade para os golpes especiais e também da poção que carregamos que seria equivalente ao frasco de estus de Dark Souls.

análise Thymesia

É um jogo envolvente como se fosse da FromSoftware, porém há controvérsias

Algo que muitos soulslike se perdem no conceito é no nível de dificuldade fazendo com que o jogador passe por diversas situações injustas e bastante frustrantes. Algo que faz com que os jogos da pioneira FromSoftware se destaque daqueles que vieram depois é justamente a questão de colocar desafios que necessite de atenção e dedicação, deixando o jogador com uma sensação que é capaz de superar aquela barreira, invés daquela visão errada que de que Dark Souls é apenas difícil ou injusto. Thymesia consegue pegar toda essa essência de Dark Souls e fazer um trabalho excelente no decorrer de seus cenários, fazendo com que o jogador tenha uma aventura desafiante e que o engaje a continuar a sua jornada, mesmo quando um desafio mais complicado surge.

Infelizmente o jogo perde a mão quando o assunto é ligado às boss fight, fazendo com que situações realmente frustrantes surjam. Quando você confronta o primeiro chefe (ignorando o do tutorial do qual você geralmente morrerá), teremos uma luta deveras injusta ainda mais levando em consideração o atual estado do jogador. O inimigo te persegue independente de dashs, se você utiliza um golpe especial que tem uma animação duradoura e ele não sofre impacto desse golpe, certamente você virará vítima da sua própria animação, pois o chefe faz uma sequência de golpes em cima desta situação e você apenas leva o dano já que sua animação não te deixa invulnerável e, além disso, não pode esquivar ou se defender.

Pela mecânica se basear em duas barras de vidas integradas, você tem que zerar duas vezes a vida dos chefes. Uma vez com dano físico e a outra com a garra do Corvus. Como se não bastasse, o chefe citado ainda tem uma segunda forma possuindo uma movimentação mais rápida, uma sequência de golpes a mais e invulnerabilidade em diversos momentos. Valendo lembrar, que se não usar a garra do Corvus com frequência, os chefes regeneram a vida em quantidade considerável.

Inclusive, Thymesia não possui multiplayer on-line, fazendo com que você não tenha oportunidade de conseguir auxílio de outros jogadores para confrontar esses inimigos.

Gráficos e trilha sonora

Os gráficos são realmente impressionantes, pois conseguem passar uma atmosfera bastante densa e com cenários góticos extremamente deslumbrantes. Apesar disso, eles pecam um pouco no design dos personagens, uma vez que a falta de detalhes é bastante notável. Por outro lado, a trilha sonora é simplesmente sensacional, trazendo uma imersão ainda maior ao jogo que já se destaca em ser imersivo. Falando ainda da trilha sonora, é incrível como ela muda de forma tão natural e serve para você saber se está numa situação tranquila ou corre algum risco, pois ela muda quando algum inimigo mais poderoso surge.

Conclusão da análise de Thymesia

Para concluir essa análise de Thymesia, devo reforçar que esse jogo faz um ótimo trabalho em inúmeros aspectos, seja em sua ambientação, história, gráficos, jogabilidade ou mecânicas próprias. Ele realmente consegue sair daquele destino de ser apenas um “souls like genérico”, pois possui uma forte identidade própria. Porém, nem tudo são rosas, pois ele peca na batalha contra os chefes por conta de sua dificuldade desbalanceada somada com a própria mecânica dos inimigos regenerarem vida se você não utilizar a garra do Corvus. Fora isso, é realmente um jogo sensacional e vale a pena experimentá-lo.

análise Thymesia

Essa análise de Thymesia segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Thymesia é um souls like para quem deseja fortes emoções

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 7.5
Diversão - 6
Áudio e trilha-sonora - 10
Narrativa - 8

7.9

Bom

Thymesia é um bom jogo, mas que poderia ser melhor se não fosse prejudicado pelo seu próprio sistema que faz com que a sua dificuldade em certas batalhas seja bastante desproporcional. O que o jogo acerta em suas fases e desafios menores, acaba pecando nas batalhas contra chefes. Apesar disso, temos aqui uma aventura bastante envolvente.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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